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BRASILEIRO 2022

“Agora é tarde para discutir o que está atrasado para a Copa”, diz responsável por organizar Mundial na África

Danny Jordaan lembra que todas as arenas africanas foram entregues a três meses do torneio

Copa do Mundo 2014|Raphael Hakime, do R7

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Jordaan era o homem forte da Copa 2010
Jordaan era o homem forte da Copa 2010

A pouco mais de cem dias para a Copa 2014, seis estádios ainda não foram inaugurados e se tornaram motivo de preocupação para a Fifa e para torcedores de todo o mundo. Até o principal organizador da Copa do Mundo de 2010, Danny Jordaan, admite que a situação das áreas brasileiras merece especial atenção devido ao prazo apertado.

Em entrevista exclusiva ao R7, o CEO do Comitê Organizador da Copa de 2010 e atual presidente da Associação de Futebol da África do Sul alerta que as autoridades brasileiras e as empreiteiras responsáveis pelas obras “devem se comprometer e finalizar tudo dentro do prazo”. Jordaan avisa que, na África do Sul, as arenas foram entregues a três meses da Copa.

— Acho que agora é muito tarde para discutir o que está atrasado porque os ingressos já estão sendo vendidos e as pessoas de todo o mundo já estão vivendo a expectativa de uma Copa do Mundo do Brasil. Então, há muita excitação por parte dos torcedores, e o Brasil tem que entender que não pode desapontar essas pessoas de todo o mundo. Por isso, é tão importante completar tudo o que falta agora.

Copa do Mundo não deixará legado de segurança nos estádios brasileiros


Jordaan admite que soube das críticas aos estádios construídos em regiões brasileiras onde não há clubes de grande expressão — casos de Manaus (AM) e Cuiabá (MT). No entanto, o sul-africano avisa que a Copa do Mundo não se resume apenas aos estádios.

— O investimento nessas cidades não se dá só na construção de estádios, mas também em acessos viários e aeroportos, por exemplo. Nós temos que ter uma visão de longo prazo para esses locais, embora eu saiba que, em locais como Manaus, os times são de segunda divisão e que os estádios recebem média de 20 mil torcedores por jogo. E agora eles têm um estádio gigante.


Apesar do atraso excessivo de algumas obras — casos da Arena da Baixada, em Curitiba (PR), e a Arena Pantanal, em Cuiabá (MT) — e da possibilidade de o Brasil ter construído ‘elefantes brancos’, sediar o Mundial de futebol pode significar um legado positivo, sobretudo para países em desenvolvimento. Assim foi na África do Sul e Jordaan espera que seja o mesmo no Brasil.

— Em economias emergentes, sediar uma Copa do Mundo é uma oportunidade, focando em áreas como aeroportos, novas tecnologias, desenvolvimento da rede rodoviária. A Copa do Mundo também nos ajudou no crescimento do turismo e na abertura de novos mercados. Também nos ajudou a fortalecer os laços sociais e tornar a África do Sul um país ainda mais unido, com um projeto de construção ainda com a presença de Nelson Mandela.


Apesar dos problemas que o Brasil enfrenta com as obras das arenas e da desconfiança dos torcedores em geral, o principal responsável pela Copa da África do Sul prefere manter o otimismo.

— Será uma Copa do Mundo interessante para vocês. Depois da Copa de 1950, vocês farão uma bela Copa do Mundo em 2014.

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