Valcke: “Não adianta brigar com a Fifa”
Secretário da entidade manda recado a manifestantes contra a Copa

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, jogou um balde de água fria em quem espera que a entidade desista de realizar a Copa do Mundo no Brasil em 2014. Para o dirigente, as manifestações não devem se focar na realização do torneio.
Em entrevista para o jornal O Estado de S. Paulo, o cartola afirmou ainda que o País poderá avançar em algumas obras, mas que não haverá tempo para mudar toda a infraestrutura nas cidades-sede do torneio.
— Não se fará uma revolução no Brasil entre hoje e a Copa. Parece que teremos que garantir uma melhor forma de conectar as 12 cidades para a Copa do Mundo, alguma forma mais fácil de voar entre as cidades.
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Para Valcke, os brasileiros poderão se manifestar pacificamente durante as partidas finais da Copa das Confederações e na Copa do Mundo, mas diz que é inútil culpar a Fifa pelos problemas do País.
— Nós somos o alvo errado. A Fifa não vai embora. É fácil focar na Fifa e dizer Fifa, vá embora, mas esse não é o ponto correto. Aquilo em que temos que nos concentrar é que o Brasil avance, e usar a Copa como um catalisador.
Porém, o dirigente francês admite que a Fifa foi pega de surpresa com as manifestações que tomaram conta do País, coincidentemente, durante a realização da Copa das Confederações. Ele admitiu que a entidade não esperava a onda de protestos dos últimos dias.
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Antes da semifinal entre Brasil e Uruguai, um manifestante morreu após cair de um viaduto. Valcke classificou o fato como um acidente, mas rechaçou qualquer tipo de culpa da entidade no ocorrido.
— Vamos ser claros, não foi uma pessoa que foi abatida pela polícia. Foi um acidente. É sempre triste quando alguém morre, mas foi só um acidente.
Para a final, está marcada mais uma manifestação, desta vez no Rio de Janeiro. O dirigente não se mostrou preocupado, desde que a movimentação seja pacífica.
— Para domingo, de fato esperamos isso, já que se trata do último jogo. E não há problema se ela for pacífica. O que eu espero é que não seja afetada por uma minoria.