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Campanha da Gaviões tenta acabar com grito de “bicha” das arquibancadas

Insulto aos goleiros rivais tem sido bastante comum nos estádios brasileiros

Futebol|Do R7

Gaviões: "vamos gritar 'vai, Corinthians' nas cobranças do goleiro"
Gaviões: "vamos gritar 'vai, Corinthians' nas cobranças do goleiro" Gaviões: "vamos gritar 'vai, Corinthians' nas cobranças do goleiro"

A cena é recorrente. O goleiro se prepara para a cobrança do tiro de meta, corre para a bola e ouve-se em uníssono: “ôôôô... Biiiichaaaaaa!”. Atualmente o grito homofóbico vindo das arquibancadas é notado em quase todos os estádios do País.

Contudo, em Itaquera, o insulto está com os dias contados no que depender dos Gaviões da Fiel. A principal torcida organizada do Corinthians emitiu uma nota pedindo o fim do grito de “bicha” destinado aos arqueiros rivais.

“Nossa torcida vem se adaptando a nossa nova casa e uma nova forma adotada nos setores Leste, Oeste e Sul de 'secar' o adversário nas cobranças de tiro de meta do goleiro adversário em todos os jogos é gritando ‘ôôô bicha' (...) queremos acabar com isso”, diz o comunicado.

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A atitude, inspirada em uma prática das torcidas mexicanas, foi vista pela primeira no Brasil em 2012, no duelo entre Corinthians e Cruz Azul pela Copa Libertadores. Pouco depois, diante do São Paulo, o insulto se repetiu para Rogério Ceni e, a partir de então, tomou conta das arquibancadas de todo o País. Entre todas as torcidas.

Avesso à conduta, e temerosos quanto a possíveis punições esportivas, o Corinthians chegou a divulgar na época um manifesto contra a homofobia e pedindo que seus torcedores deixassem tal atitude de lado.

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“Aqui é o Time do povo. Do povo e para o povo. Desde 1910, aqui se combateu o elitismo e o racismo. Aqui houve pioneirismo na inclusão social e racial. Aqui não tem pobre, rico, negro ou branco. Aqui somos todos Corinthians. Aqui nos engajamos para ir às ruas e brigar pelas ‘Diretas Já’ em um movimento inédito e histórico que uniu futebol e democracia. Como fazemos na arquibancada e em campo, aqui lutamos até o fim para que todos sejam iguais. E aqui não há, e nem pode haver, homofobia. Pelo fim do grito de ‘bicha’ no tiro de meta do goleiro adversário. Porque a homofobia, além de ir contra o princípio de igualdade que está no DNA corinthiano, ainda pode prejudicar o Timão. Aqui é Corinthians!”, dizia o até elegante comunicado.

Agora foi a vez da Gaviões da Fiel se posicionar contrária ao grito. “Vamos levar o Coringão para cima. Àqueles que assistirem aos jogos na Leste, Oeste e Sul, ao invés de gritar 'ôôô bicha' nas cobranças do goleiro visitante, vamos gritar ‘vaaai, Corinthians’ nas cobranças do goleiro do Timão, com intuito de torcer e empurrar o time para o ataque, assim deixamos de secar e empurramos o time pra vitória”, completa.

Vale lembrar que o parágrafo primeiro do artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva abre a possibilidade de um clube perder pontos, ou até ser excluído de uma competição, em casos de discriminação. E com a ressalva: se a discriminação for “praticada simultaneamente por considerável número de pessoas”.

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