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Colômbia reúne torcida em SP, mas japonês solitário é quem faz a festa

Evento no Estádio do Pacaembu reuniu colombianos radicados em São Paulo e um único torcedor japonês, abraçado pelos rivais no típico clima de Copa

Copa 2018|Cristina Charão, do R7

Evento no Pacaembu reuniu dezenas de colombianos. E um torcedor japonês
Evento no Pacaembu reuniu dezenas de colombianos. E um torcedor japonês Evento no Pacaembu reuniu dezenas de colombianos. E um torcedor japonês

Entrar no Estádio do Pacaembu na manhã desta terça-feira (19) foi como um breve dejavu da Copa de 2014. Na arquibancada montada dentro do Museu do Futebol diante de um imenso telão, colombianos realizavam uma versão diminuta das fan fests que marcaram o campeonato mundial no Brasil. Com bandeiras, balões, vuvuzelas e o clima absolutamente amistoso.

Tanto que Mine Shiro, o único torcedor japonês que dividia o espaço com as dezenas de colombianos, foi aplaudido enquanto torcia solitariamente e abraçado ao final da partida pelos torcedores colombianos.

O problema é que, ao contrário de Shiro, Kagawa e Osako atrapalharam a festa colombiana na Rússia e em São Paulo. Os 2x1 do placar final a favor dos asiáticos surpreenderam quem contava com a qualidade desta geração de jogadores colombianos.

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“Faz muita falta não entrar com James Rodríguez”, dizia Alex Casanova, 26 anos, vestido com a tradicional camiseta amarela da Colômbia e já nervoso após o primeiro gol japonês e a expulsão de Sanchez aos 3 minutos de jogo. “Para muitos colombianos, ele é o melhor da história.”

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James e Valderrama

De fato, a entrada de James no segundo tempo, com o jogo já empatado em uma cobrança de falta que tirou o fôlego da torcida no Museu do Futebol, foi comemorada como um gol.

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Mas outra figura a aparecer no telão durante o intervalo gerou a mesma reação: o ex-jogador da seleção colombiana, o inconfundível Carlos Valderrama.

“Ele nosso ídolo de sempre. É o ídolo da gente humilde. Ele representa a alegria dos colombianos, mesmo com todos os problemas do nosso país. Valderrama está sempre sorrindo”, explica Casanova.

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Alex comemorou entrada de James Rodríguez
Alex comemorou entrada de James Rodríguez Alex comemorou entrada de James Rodríguez

O jovem colombiano decidiu tirar alguns meses de férias do trabalho para viajar pela América do Sul, mas calculou tudo muito certinho para estar no Brasil durante a Copa do Mundo. “Eu gosto muito do futebol brasileiro e queria estar aqui numa Copa. Só cheguei quatro anos atrasado”, diz ele, rindo.

Chão colombiano

Já a comerciante Olga Yaneth não está aqui de passagem. Há dois anos, ela trocou a Colômbia pelo Brasil, mas na estreia do seu país natal na Copa saiu de Jundiaí a procura de “um pedaço de terra colombiana”.

Olga estava preocupada desde o início da partida. “O Japão é uma equipe muito rápida, é terrível. Mas vamos mostrar que podemos”, comentava Olga, torcedora do Nacional da Colômbia, time que acompanha aqui do Brasil “graças à internet”.

No intervalo, ela comemorava o empate e afirmava ter certeza de que é possível chegar à final. “Contra o Brasil”, dizia, emendando: “Mas na sexta-feira, vou torcer pelo Brasil. É o país que nos acolhe, não tem como o coração não ser um pouco brasileiro.”

Olga comemora o empate com os primos Edwin e Dioni
Olga comemora o empate com os primos Edwin e Dioni Olga comemora o empate com os primos Edwin e Dioni

No final, Olga disfarçou a decepção. Se não foi possível levar os 3 pontos e garantir uma boa colocação no grupo H, pelo menos a comerciante conseguiu abraçar os primos, rever os compatriotas e vender algumas camisas da seleção colombiana.

Ela, que diariamente sai de Jundiaí para o Brás (zona leste de São Paulo) carregada de tamales e empanadas colombianas, hoje volta torcendo por um melhor resultado na próxima rodada.

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