FIA cria regra que restringe manifestações políticas na Fórmula 1
Pilotos devem pedir por escrito a permissão para se manifestar; caso não seja aprovada e protestem, atletas podem sofrer punição
Automobilismo|Do R7

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) criou uma nova regra para restringir as manifestações políticas, sociais e religiosas dos pilotos em suas competições, como a Fórmula 1. Na prática, pilotos, como o inglês Lewis Hamilton, correm risco de sofrer punições em caso de posicionamentos que não sejam aprovados de forma antecipada pela entidade que rege o esporte a motor no mundo.
A decisão da FIA em limitar as manifestações dos pilotos e dirigentes consta na atualização do seu Código Esportivo Internacional. Um novo artigo, o 12.2.1., apresenta as novas restrições ao vetar "a manifestação e a exposição geral de posicionamentos de cunho político, religioso e pessoal ou comentários que notadamente violem o princípio geral de neutralidade promovido pela FIA, em seus estatutos, a não ser em casos de aprovação prévia, por escrito, pela FIA ou pelas competições internacionais ou por associações esportivas, dentro de suas jurisdições".
A decisão da FIA é uma resposta às frequentes manifestações sociais e políticas feitas pelos pilotos nos últimos anos, principalmente pelo inglês Lewis Hamilton e pelo alemão Sebastian Vettel. Eles defenderam bandeiras específicas, como as do movimento LGBT+, da sustentabilidade ambiental e da luta contra o machismo e o racismo.
Um dos posicionamentos mais chamativos foi protagonizado por Hamilton na Itália, em 2020. Quando estava no pódio, o heptacampeão mundial exibiu em sua camisa a mensagem "Prendam os policiais que mataram Breonna Taylor", em referência a uma americana negra assassinada pela polícia naquele mesmo ano. Nas costas da camisa, Hamilton estampou "Diga o nome dela".
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Em outro caso famoso, Vettel vestiu uma camisa com cores do arco-íris e a mensagem "Mesmo Amor" estampada na frente no GP da Hungria, em protesto às opiniões e decisões homofóbicas do primeiro-ministro do país, Viktor Orbán. Houve ainda manifestações do tipo nas máscaras que protegem contra a Covid-19 e em capacetes.
Os dois pilotos também ficaram famosos pelas declarações que causaram constrangimento à cúpula da F-1, principalmente quando pediram atenção aos direitos humanos em países governados por ditaduras, caso da Arábia Saudita, que faz parte do calendário atual da Fórmula 1.
Com salário de R$ 208 mi por ano, Hamilton é disparado quem mais ganha dinheiro na Fórmula 1
Max Verstappen pode até estar dominando a temporada de 2023 da Fórmula 1. No entanto, o piloto foi batido por Lewis Hamilton no ranking salarial da categoria. O heptacampeão acabou com a novela da renovação de contrato com a Mercedes, assinou um acordo...
Max Verstappen pode até estar dominando a temporada de 2023 da Fórmula 1. No entanto, o piloto foi batido por Lewis Hamilton no ranking salarial da categoria. O heptacampeão acabou com a novela da renovação de contrato com a Mercedes, assinou um acordo com a equipe alemã até 2025 e receberá um salário de aproximadamente 60 milhões de euros por ano (R$ 320 milhões). Maior salário da história da Fórmula 1, a fortuna o colocou de volta ao topo, que antes pertencia ao holandês da Red Bull. Os salários recebidos pelos pilotos dependem da equipe e da performance, além dos anos de experiência e títulos mundiais conquistados. Confira os valores recebidos pelos atuais pilotos, sem contar os patrocínios: