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Valor dos ingressos e burocracia afastam são-paulinos do 1º clássico com torcida

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O são-paulino teve sentimentos díspares ao voltar ao Morumbi depois de 575 dias. Naturalmente, os torcedores ficaram felizes de retornar ao estádio para o apoiar o São Paulo no clássico com o Santos nesta quinta-feira, mesmo com a má fase da equipe. Mas o valor do ingresso e a burocracia para a retirada do bilhete revoltaram parte da torcida.

"Essa diretoria está de brincadeira", reclama o torcedor Leonardo Guardia, 27 anos. O engenheiro, que vinha em quase todos os jogos antes de a pandemia fechar os portões dos estádios, se refere ao valor do ingresso para ver o São Paulo pela primeira vez após um ano e sete meses.

A entrada mais barata custou R$ 110 e a mais cara, R$ 220. Os valores ajudaram a afastar torcida, que não compareceu em grande número ao Morumbi. "Eu paguei R$ 55 pela meia-entrada, mas não é todo mundo que consegue", relata Guardia, esperançoso de que o time se afaste de vez da zona de rebaixamento e volte a vencer no Brasileirão após três empates. "Poder estar de volta é uma sensação indescritível. Não posso deixar de apoiar nessa fase ruim."

Antes do clássico, o São Paulo prometeu que o preço dos ingressos "terá uma redução gradativa de valores à medida em que a volta do público for liberada". Neste momento, o Morumbi e todos estádios no Estado podem receber 30% de sua capacidade, que aumentará para 50% a partir do dia 16 e 100% a partir de 1º de novembro.

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Alguns torcedores que foram ao Morumbi também reclamaram da burocracia na retirada dos bilhetes. Eles fizeram a compra online e depois realizaram check-in. Retiraram a pulseira que dá acesso ao jogo em tendas que o clube disponibilizou. Havia uma em frente ao estádio e outras espalhadas pela cidade. Para ter o ingresso em mãos, os são-paulinos foram obrigados a levar impressos o comprovante de vacinação e o voucher. Quem recebeu uma dose do imunizante teve de mostrar teste negativo de covid-19, PCR ou antígeno.

"A gente esperava que tudo fosse digital para facilitar a vida do torcedor. Esperamos que melhore nos próximos jogos. Acho que isso motivou a baixa adesão dos torcedores hoje", opina a torcedora Thaís Gomes, 25 anos. Como é estudante, ela pôde pagar metade do valor do ingresso, R$ 55, no caso, para assistir à partida da arquibancada laranja.

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O protocolo sanitário também prevê medição da temperatura na entrada da torcida e uso obrigatório de máscara, algo que o sistema de som do Morumbi reforçou antes do duelo. Havia álcool em gel para os são-paulinos também.

Gabriel, 24 anos, não encontrou motivos para reclamar. Por ser a primeira oportunidade de ver a equipe no Morumbi, estava realizado. "Estou realizando um sonho de muitos anos", diz o auxiliar de loja. Ele reside em Manaus e passa férias na capital paulista. Planeja se mudar para a cidade e poder ver com frequência o clube do qual é sócio-torcedor mesmo morando a quase 4 mil km de distância de São Paulo. Para ficar na arquibancada azul, pagou R$ 44.

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O torcedor Dênis, 25 anos, também não ligou para a burocracia. Retirou o ingresso e interrompeu a entrevista com a reportagem para gritar frases de apoio na chegada dos jogadores ao Morumbi. Também gravou vídeos e fotos dos atletas.

Nem todos, porém, foram para apoiar. Miranda, Calleri e Rigoni foram muito festejados assim que desceram do ônibus. Mas outros jogadores, como o goleiro Tiago Volpi, ouviram vaias e xingamentos na Praça Roberto Gomes Pedrosa, em frente ao portão principal da casa são-paulina. Já ao subirem ao gramado, todos jogadores foram apoiados.

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