ROMA (Reuters) - O início do treinamento completo nos clubes profissionais de futebol da Itália foi adiado nesta segunda-feira, enquanto continuam as discussões sobre as regras médicas do governo para lidar com o coronavírus.
A Gazzetta dello Sport, a emissora estatal Rai e outros veículos de mídia alegaram que o comitê técnico-científico do governo não ratificou as regras anunciadas na semana passada, que foram questionadas pelos clubes da Série A e pela Federação Italiana de Futebol (FIGC).
Vários clubes já haviam decidido continuar com o treinamento individual ou, no máximo, dividir os jogadores em pequenos grupos para respeitar as medidas de distanciamento social.
Os clubes da Série A esperam retomar a liga, suspensa desde 9 de março, no dia 13 de junho, mas estão travados nas discussões com o governo sobre como fazê-lo com segurança.
O principal ponto de discordância é a insistência do governo de que, se um jogador testa positivo, todo o elenco precisa entrar em quarentena por 14 dias. Os clubes argumentam que isolar o jogador envolvido seria suficiente.
"É óbvio que isso não nos permitiria terminar o campeonato em agosto porque, se houvesse 2-3 infectados em uma ou duas equipes, tudo seria sistematicamente bloqueado por algumas semanas", disse o presidente do Cagliari, Tommaso Giulini, à Radio Super Sound.
Os clubes também se opõem à determinação de que cada associação, incluindo treinadores e equipes de apoio, fique em um campo de treinamento em completo isolamento antes de a liga recomeçar. Eles dizem que isso criaria enormes problemas logísticos.
O diretor técnico da Udinese, Pierpaolo Marino, afirmou que a incerteza tornou irreal a data de início de 13 de junho e que é necessário mais tempo de treino.
(Por Brian Homewood)