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Prestes a estrear no UFC, Vinícius Mamute revela ‘quase desistência’ e volta por cima no MMA; confira

Por Mateus Machado Assim como muitos brasileiros, Vinícius Moreira passou por uma grande história de superação antes de chegar onde sempre almejou. Após brilhar no Contender Series Brasil e garantir vaga no UFC, “Mamute”, como é popularmente conhecido, vive a expectativa para a estreia na maior organização de MMA do mundo, que acontecerá no dia […]

Tatame

Tatame|Do R7

Por Mateus Machado

Assim como muitos brasileiros, Vinícius Moreira passou por uma grande história de superação antes de chegar onde sempre almejou. Após brilhar no Contender Series Brasil e garantir vaga no UFC, “Mamute”, como é popularmente conhecido, vive a expectativa para a estreia na maior organização de MMA do mundo, que acontecerá no dia 19 de janeiro, contra Alonzo Menifield, pelo UFC Fight Night 143.

Faixa-preta de Jiu-Jitsu, o brasiliense possui um cartel de nove vitórias, sendo oito por finalização, e apenas uma derrota no MMA. Seu único revés, porém, quase resultou no fim de sua trajetória na modalidade. O duro nocaute sofrido, ainda no primeiro round, abalou bastante o psicológico do lutador, que pensou em desistir da carreira, como contou em entrevista exclusiva à TATAME.

“Fui me testar em um peso combinado no Shooto Brasil e aqui em Brasília todo mundo falava bem de mim, eu era o cara a ser batido. Lutei e acabei sendo nocauteado ainda no primeiro round, nos primeiros minutos, e foi bastante frustrante. Depois da luta, a minha autoestima foi lá embaixo. Já era difícil viver da luta com o cartel invicto, daí eu pensei como seria viver com uma derrota por nocaute ainda no primeiro round, deu uma desanimada grande. Mas depois eu coloquei a cabeça no lugar, venci outras quatro vezes, todas por finalização e, logo em seguida, veio essa chance para lutar no Contender Series Brasil. Agarrei com todas as minhas forças, deu tudo certo e agora a minha maior motivação é lutar no UFC, representar meus amigos, minha família, o Brasil inteiro e mostrar que um cara simples também pode chegar no maior evento de MMA do mundo”, contou o atleta, de 29 anos.


Confira a entrevista completa com Vinícius Mamute:

– Oportunidade de lutar o Contender Series Brasil


Se tratando de um sonho e de carreira profissional, com certeza, foi a melhor oportunidade da minha vida e, graças a Deus, eu consegui. Mentalmente, eu estava tão bem que, por incrível que pareça, eu não senti pressão. Esqueci o Dana White (que estava presente na luta), esqueci que o mundo estava me vendo, esqueci que estava nos Estados Unidos… Apenas fiz o meu trabalho e deu tudo certo.

– O que mudou desde a assinatura com o UFC?


Não mudou tanta coisa. Eu continuo o mesmo cara. O que mudou, e isso é uma parte boa, é que as pessoas passaram a conhecer meu trabalho e cada dia que passa eu ganho mais fãs. O que mudou foi a motivação para treinar, porque você fica imaginando que tem sempre uma pessoa te olhando, que você inspira alguém, isso é muito legal. Saber que seu trabalho está sendo reconhecido é uma alegria enorme.

– Dificuldade de perder peso e preparação para a estreia

O mais difícil para mim é perder peso, porque eu subo muito de peso, sou um cara pesado e essa parte é mais difícil. Minha preparação está a mil por hora, porque com a preparação em dia, bem no gás, eu me sinto muito confiante. Eu não sou um cara que estuda muito o jogo do adversário, porque meu jogo é simples. Com a preparação física boa e com a força em dia, eu me sinto pronto para qualquer coisa. Vi alguns vídeos e o cartel do meu oponente e sei que ele é um cara muito forte e bem agressivo, então o que a gente está treinando é subir a guarda, porque confesso que é um dos defeitos que eu tenho, então estamos treinando isso. Mas não é segredo nenhum que eu vou tentar levá-lo para o chão.

– Pensamento em desistir após a primeira derrota no MMA

Foi muito complicado, porque eu vinha de quatro vitórias fulminantes na minha categoria, meio-pesado, e também na dos pesados. Na quinta luta, eu fui me testar em um peso combinado no Shooto Brasil e aqui em Brasília todo mundo falava bem de mim, eu era o cara a ser batido. Lutei e acabei sendo nocauteado ainda no primeiro round, nos primeiros minutos, e foi bastante frustrante. Depois da luta, a minha autoestima foi lá embaixo. Já era difícil viver da luta com o cartel invicto, daí eu pensei como seria viver com uma derrota por nocaute ainda no primeiro round, deu uma desanimada grande. Mas depois eu coloquei a cabeça no lugar, venci outras quatro vezes, todas por finalização no primeiro round e, logo em seguida, veio essa chance para lutar no Contender Series Brasil. Agarrei com todas as minhas forças, deu tudo certo e agora a minha maior motivação é lutar no UFC, representar meus amigos, minha família, o Brasil inteiro e mostrar que um cara simples também pode chegar no maior evento de MMA do mundo.

– Sonho de ser campeão no UFC

O sonho de todo meio-pesado é disputar o cinturão contra Daniel Cormier ou Jon Jones, a minha meta é essa. Mas eu tenho minha cabeça no lugar, sei que os caras batalharam muito para chegar até lá e eu também vou ter que passar por isso. Então é subir de degrau em degrau, sem escolher adversário e tentar vencer todos. A minha meta futura é ser campeão dessa categoria. Vamos trabalhar para isso.

– Inspiração em Minotauro e outros lutadores

Eu já era do Jiu-Jitsu. Comecei no MMA porque estava desmotivado no Jiu-Jitsu. O cara que me motivou e motiva até hoje é o Rodrigo Minotauro. São vários que eu admiro bastante, como o Fabrício Werdum, Demian Maia, Ronaldo Jacaré… Mas o cara que fez mesmo eu abrir o olho para a luta, até mesmo o estilo de luta, foi o Minotauro, até hoje. Todos esses que eu citei são grandes inspirações. O Demian pela parte técnica, o Jacaré por ter um excelente Jiu-Jitsu e ter evoluído na luta em pé, assim como o Werdum.

Tatame
Tatame

– Sonho de disputar o ADCC

Eu sou muito fã do ADCC. Não tenho muita empolgação em competir no Jiu-Jitsu, mas o ADCC é um caso a parte. Desde que entrei no Jiu-Jitsu, foi um torneio que eu sempre acompanhei, é algo que eu não sei explicar. Um dos meus sonhos foi realizado, consegui chegar no UFC, o outro que eu tenho é lutar e ser campeão do ADCC. Eu participei de uma seletiva e perdi na final. Certamente vou lutar a próxima seletiva… Se me convidarem diretamente, eu ficaria muito feliz e participaria, sem dúvidas. É um grande sonho meu.

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