*No próximo dia 6 de junho, ainda sem local definido, Jussier Formiga vai lutar no UFC 250 contra Alex Perez, um velho conhecido do brasileiro. Em entrevista à TATAME, o peso-mosca disse que conhece o adversário há cerca de dez anos e que os dois, inclusive, chegaram a treinar juntos em um curto período de tempo na Califórnia (EUA).
“O Alex (Perez) é meu amigo, o conheço desde o tempo que eu lutava no Tachi Palace, que é um evento na Califórnia. É um cara muito sangue bom. Ele entrou no UFC e somos profissionais, então temos que entrar lá e fazermos o nosso trabalho. Infelizmente, vou lutar contra um cara que é meu amigo, mas quando entrarmos lá dentro, teremos que deixar isso de lado”, contou Jussier, que ainda citou os pontos fortes e fracos do adversário.
“Ele, o Alex Perez, é um wrestler, mas tem um strike bom também. Ótimo Boxe, mas não chuta tanto. Sobre o ponto fraco, acho que ele não é tão bom de Jiu-Jitsu, apesar de ser wrestler”, analisou o brasileiro.
Jussier também falou sobre a preparação na American Top Team, localizada na Flórida (EUA), e os protocolos de segurança em meio à pandemia do novo coronavírus. O lutador diss que são permitidos apenas grupos de no máximo dez pessoas realizarem os treinos. O brasileiro também comentou sobre o momento da carreira, quando acumula duas derrotas seguidas.
Confira a entrevista na íntegra:
– Treinos na ATT durante a pandemia
Aqui na ATT não está sendo tão difícil de treinar, não. A academia está fechada, mas eles fizeram um esquema de treinamento que só pode treinar os profissionais e, geralmente, que está com luta. Os mesmos parceiros conseguem treinar juntos. Pra gente não mudou muita coisa. Estou conseguindo treinar Wrestling, Boxe, Muay Thai e fazer o sparring de MMA. As principais dificuldades são mais na vida comum, porque muita coisa estava fechada, com limite de pessoas, como no supermercado. Foi esquisito, é estranho pra gente. Mas, graças a Deus, o estado da Flórida está reabrindo e estamos felizes com isso.
– Retorno do UFC em meio à pandemia
É muito bom saber que o UFC foi o primeiro esporte a voltar. Semana passada, fui para Jacksonville ser córner de um atleta aqui da ATT, vi que eles estão investindo muito na questão de estrutura, de médicos, testes… Está sendo muito bem feito os eventos.
– Momento no UFC e foco por vitória
Na real, na minha última luta, eu não perdi, na minha análise. Foi uma derrota meio controversa contra o Brandon (Moreno) no Brasil. Eu acho que eu venci a luta, mas é uma página virada. Em relação a pressão, de forma alguma. É a primeira vez que eu sou derrotado em duas lutas seguidas no UFC. Não levo isso para o lado negativo. Procuro evoluir a cada dia, vou dá o meu melhor e fazer uma luta muito boa estrategicamente (no UFC 250).
– Análise da divisão dos moscas
Em relação a nossa divisão (moscas), infelizmente é isso. O Deiveson (Figueiredo) teve uma grande chance, mas acabou desperdiçando, não bateu o peso. O UFC quer colocar os dois para lutarem novamente. Tomara que ele bata o peso, ganhe de novo e leve o cinturão para o Brasil. A categoria vai andar e vamos chegar lá. Em relação ao title shot, não sei (se vai pedir). Eu quero voltar a lutar, ainda mais com isso tudo da pandemia, e o title shot é consequência do nosso trabalho.
*Por Yago Rédua
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