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Sem poder acompanhar as partidas, torcedores enfeitam estádios com bandeiras

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Depois de quatro meses de paralisação, a bola voltou a rolar no futebol brasileiro nas últimas semanas. Mas os torcedores ainda estão impedidos de frequentar os estádios para acompanhar seus respectivos times, em razão da pandemia do novo coronavírus. Para minimizar essa ausência, eles passaram a enfeitar as arenas com faixas e bandeiras, em uma forma de se sentirem representados nas arquibancadas.

Além das tradicionais organizadas, grupos de torcedores se juntaram para exibir as bandeiras nos estádios. É o caso do "Febre Verde", do Palmeiras, que estendeu bandeiras de 14 ídolos do clube no Allianz Parque. O gerente de projetos Cesar Augusto Rosa, de 37 anos, contou como surgiu a ideia.

"Levamos essas bandeiras desde 2017 no Setor Gol Sul, do lado oposto das torcidas organizadas que já colocam as delas. Quando os jogos iam voltar, o Palmeiras soltou um comunicado no site dizendo que as bandeiras poderiam ser colocadas. Eu mandei o e-mail e levamos para colocarem no estádio", disse Cesar, que forma o grupo "Febre Verde" ao lado dos amigos Bruno Veitonis, Thiago Assafe, Vagner Silvestre e Bruno Baungartne.

Os 14 ídolos alviverdes estampados na bandeiras são: Marcos, Arce, Galeano, Alex, Ademir da Guia, Evair, Edmundo, Oseias, Cleber, Rivaldo, Felipão, Paulo Nunes, Sergio e Cesar Sampaio. A ideia é que os atuais jogadores se espelhem nos ídolos.

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"Os jogadores podem pensar 'quem sabe um dia eu não viro uma bandeira também'. E para a gente, o sentimento é de que estamos sendo representados, estar presente, mesmo não podendo estar lá", comentou o torcedor palmeirense.

Em Santos, os torcedores da "Cachasantista" também estenderam suas bandeiras na Vila Belmiro. Eles organizaram uma vaquinha para levá-las com um motoboy de São Paulo até o estádio na Baixada Santista. O empresário Guilherme Kastner, de 36 anos, ficou como responsável por ficar com as bandeiras em Santos e colocá-las nas arquibancadas.

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"Ficamos sabendo que iria poder colocar bandeiras, nos mobilizamos e trouxemos de moto para mim porque eu moro em Santos, mais perto da Vila. A sensação de ver o estádio pronto para receber o jogo e ter de ir embora é ruim. Precisamos colocar as bandeiras, sair do estádio, ver o jogo em casa e depois voltar ao estádio para retirá-las", contou Guilherme, que também é conselheiro do clube. A maioria dos cerca de 40 torcedores da "Cachasantista" mora na cidade de São Paulo.

Com mensagens de apoio, como "joguem como nós bebemos", um dos lemas do grupo de santistas, a ideia é que as faixas incentivem os jogadores em campo. O Santos foi eliminado do Campeonato Paulista e voltará a jogar em agosto pelo Brasileirão. "A ideia é sempre mostrar que estamos presentes. Além das organizadas, tem grupos de amigos, faixas de incentivo. Fazemos parte do clube, não são só os 11 jogadores em campo", afirmou Guilherme.

Além das bandeiras, torcedores de Santos, São Paulo e Corinthians podem ser representados por meio de totens com sua foto nas arquibancadas. Foi um jeito de os clubes arrecadarem uma quantia com os jogos sem público.

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