Clubes e seleções se inspiram no passado (e até no cinema) em novos modelos de uniformes

A moda retrô nunca esteve tão presente no futebol. A nostalgia de épocas gloriosas e de uniformes que já não são mais encontrados com facilidade em lojas do ramo levou fornecedores esportivos a explorarem esse mercado com lançamentos inspirados no passado.

É o caso da seleção da Alemanha, que vai vestir um uniforme em comemoração aos 125 anos da Federação Alemã de Futebol. O kit rememora os modelos do ano de 1974, quando a equipe liderada por Franz Beckenbauer bateu a Holanda, de Johan Cruyff, e levou a parte ocidental do país ao bicampeonato mundial jogando em casa.

A camisa branca da Adidas conta com punhos e gola em preto, tudo isso em um tecido risca de giz. O escudo antigo da federação remete ao aspecto retrô. Por outro lado, a águia - ave símbolo da Alemanha - aplicada em relevo atrás do logo é o toque de modernidade da camisa, que promete ser uma das mais buscadas por colecionadores mundo afora.

O uniforme terá versões manga curta e manga longa. Além disso, uma alternativa com gola, punho e escudo brancos será lançada de maneira limitada para colecionadores. A estreia do manto ocorreu na última quinta-feira (20), na partida contra a Itália pela Liga das Nações.

E já que Cruyff foi citado acima, vamos falar agora do Ajax. O clube lançou uma das camisas mais elegantes de 2025. Inspirado no primeiro uniforme do time, o modelo apresenta a tradicional branca com uma faixa vermelha no centro. A gola e o punho em vermelho complementam o estilo retrô do kit em manga longa.

O destaque fica para o brasão de Amsterdã, que toma o lugar do escudo do clube holandês, assim como era na época de fundação do time. Além disso, o trevo da Adidas e o patrocínio “invisíveis” colocam o modelo como forte candidata à camisa do ano.

Quem também está de aniversário é o Estrela Vermelha. O maior time da Sérvia ao lado do Partizan comemora 80 anos de fundação com um uniforme influenciado pelos primeiros trajes do clube.

O manto é amarelo, com riscas de giz na mesma tonalidade, e ainda conta com gola V e punho pretos. A decisão da fabricante italiana Macron em deixar o próprio logo “invisível” no peito deixa a camisa ainda mais requintada. Pra fechar, os números ganham uma espécie de costura ao redor da fonte para lembrar a época em que os numerais eram bordados à mão.

No Brasil, o Sport Club do Recife celebra os 120 anos da fundação do time com uma camisa nº 1, que mantém as tradicionais listras em preto e vermelho na horizontal e traz detalhes em dourado. O grande destaque do kit é o uniforme de goleiros. O modelo foi inspirado naquele usado pelo ídolo Magrão, na campanha do título da Copa do Brasil de 2008. E o manto já vai estrear em jogo valendo título. Neste sábado (22), o Sport enfrenta o Retrô pela primeira partida da final do Campeonato Pernambucano.

A moda imita a arte

A cultura mexicana é a principal inspiração para o lançamento da nova camisa n.º 1 do país para o ano de 2025. A peça é uma homenagem à “Era de Ouro” do cinema mexicano (entre os anos de 1930 e 1950), bem como aos mariachis, símbolos da música do México.

O traje preto, com grafismos em referência as artes do país, conta com detalhes em dourado tanto nas mangas quanto no punho e no escudo, que aparece centralizado em uma versão minimalista. E como tem sido a tendência nos últimos lançamentos, a adidas não ficou de fora e também traz essa versão em manga longa. O uniforme estreou, nesta quinta-feira (20), contra o Canadá, pela Liga das Nações da Concacaf.

A camisa mais “polêmica” da semana é, sem dúvida, a parceria entra o Real Betis, da Espanha, e Naruto Shippuden. O fardamento é uma ação de expansão da marca do clube no Japão, a 2ª ‘Real Betis Week’, em Tóquio. E, de olho nesse público, a fabricante Hummel estampa um dos maiores fenômenos da cultura pop do país, criado por Masashi Kishimoto.

O item mantém as cores tradicionais do Betis e apresenta uma ilustração do personagem que dá nome ao mangá. A peça terá edição limitada a 845 unidades.