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Na Copinha/2022, o Corinthians de novo tenta ser o melhor dentre 128

Cancelada em 2021, por causa da Covid-19, a grande competição de jovens do Futebol do País agora chega, com todas as normas de proteção, à sua edição 52. O Inter de Porto Alegre detém o troféu.

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

Keven, o autor do tento do Corinthians 1 X 0, um golaço
Keven, o autor do tento do Corinthians 1 X 0, um golaço Keven, o autor do tento do Corinthians 1 X 0, um golaço

Infelizmente cancelada em 2021 por causa da Covid-19, agora retorna aos palcos, com todas as normas fundamentais de segurança, a Copa São Paulo de Futebol Júnior, uma competição que se celebrizou ao revelar futuros craques do Ludopédio no País. Inaugurada em 1969, idealização da prefeitura da megalometrópole bandeirante, depressa batizada pela mídia simpaticamente de Copinha, naquela primeira edição exibiu meros quatro clubes da cidade e o triunfo do Corinthians. Daí, evolução natural, aos poucos passou a abrigar times de outras plagas e até do Exterior. Neste 2022, edição 52, vulcanicamente agigantada, conta com 128 equipes de todos os 26 Estados e o DF, destaque óbvio para a FPF, entidade anfitriã, que comparece com a bagatela de 56 representantes.

O Pacaembu, em obras
O Pacaembu, em obras O Pacaembu, em obras

Divididas em chaves de quatro agremiações cada qual, a Copinha/2022 começou em 2 de Janeiro e se estenderá até o dia 25, aniversário da Paulicéia. São três chaves de sede na capital, sete na Grande São Paulo e 22 no Interior do Estado. Para que uma geração inteira de jovens não se prejudicasse com a não-disputa em 2021, a organizadora, corretamente, aumentou em um ano o limite de idade dos atletas em ação. Ao invés de, no máximo, os nascidos a partir de 2002, puderam participar, também, aqueles de 2001. Uma outra alteração, involuntária, na tradição da Copinha: como o Estádio do Pacaembu, o clássico teatro da decisão, privatizado, atravessa uma fase de reformas estruturais e até mesmo de função, a partida acontecerá em algum outro lugar, ainda não escolhido pela FPF.

Inter de Porto Alegre, o detentor do troféu
Inter de Porto Alegre, o detentor do troféu Inter de Porto Alegre, o detentor do troféu

Detém a taça o Internacional de Porto Alegre, o campeão cinco vezes, como o Fluminense do Rio de Janeiro. Com dez troféus, porém, o Corinthians lidera disparadamente a lista dos seus vencedores. O São Paulo e o Flamengo do Rio têm quatro títulos. O Atlético Mineiro e o Santos têm três. O Estado de São Paulo soma trinta conquistas. O Rio de Janeiro, dez. Aliás, dentre os considerados grandes cariocas, apenas o Botafogo ainda não pôde vibrar com o laurel da Copinha – perdeu a finalíssima de 1971 para um rivalérrimo, o Fluminense. Dentre os chamados grandes do Estado hospedeiro, o Palmeiras amarga a primazia às avessas, dois vices – em 1970, atrás do Corinthians; e em 2003, atrás do Santo André. A decisão mais inusitada da história da Copinha aconteceu em 2008, o Figueirense de Santa Catarina, enfim o dono do galardão de então, contra o Rio Branco de Americana/SP. Ambos eliminaram, nas semis, os ultra-favoritos São Paulo e Internacional de Porto Alegre.

Casagrande, revelação em 1983
Casagrande, revelação em 1983 Casagrande, revelação em 1983

Em seu percurso, a Copinha lançou ao profissionalismo uma multidão de futuros craques. Exemplos: em 1972, Falcão (Inter) e Toninho Cerezo (Atlético Mineiro); 1973, Edinho Nazareth (Fluminense); 1980, Casagrande (Corinthians); 1983, Raí (Botafogo de Ribeirão Preto); 1988, Cafu (São Paulo); 1990, Djalminha (Flamengo); 1991 (Dener, Portuguesa); 1993, Rogério Ceni (São Paulo); 1994, Luizão (Guarani de Campinas); 1999, Edu Gaspar (Corinthians); 2001, Kaká (São Paulo); 2002, Robinho (Santos); 2003, Vágner Love (Palmeiras); 2004, Diego Tardelli (São Paulo); 2008, Neymar (Santos); 2010, Lucas (São Paulo); 2016, Vizeu (Flamengo); 2017, Pedrinho (Corinthians); 2019, Antony (São Paulo).

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Corinthians, dez títulos, o maior campeão da história da Copinha
Corinthians, dez títulos, o maior campeão da história da Copinha Corinthians, dez títulos, o maior campeão da história da Copinha

Nesta noite de 4 de Janeiro, o maior campeão da história da Copinha fez sua estreia na edição de 2022. Pelo Grupo 15, no Estádio Martins Pereira de São José dos Campos, o Corinthians duelou com o Resende do Estado do Rio de Janeiro. Sob o comando do treinador Diogo Siston, 40 de idade, um ex-jogador do Vasco da Gama, porém formado na base do Futsal do Timão, inscreveu um farto elenco de 29 promessas dos 15 anos ao limite dos 21. E, na certeza de se digladiar com, digamos, um convidado singelo, foi pedante, exagerou nos fricotes, desperdiçou chances com a meta escancarada, e só abriu o placar aos 56’, graças a um lance lindo de Keven, que pegou a pelota no flanco esquerdo da área do Resende, horizontalmente se moveu até quase a meia-lua e disparou cruzado.

Keven e Matheus Araujo
Keven e Matheus Araujo Keven e Matheus Araujo

Murcho, o prélio prosseguiu, irritante, até os acréscimos, quando o bom zagueiro e capitão Reginaldo cometeu um penal ginasiano em Caio e o habilidoso Bismarck bateu e converteu, 1 X 1. Pareceu definido o resultado. Todavia, afortunadamente, para os seis mil e tantos fiéis do Timão que foram ao Martins Pereira, o excelente meia Biro, sem dúvida o melhor do cotejo, se desvencilhou de um bando de marcadores e tocou, sutilmente, para o arremate letal de Matheus Araujo, vitória do Corinthians, 2 X 1. Valeu a lição para os meninos de Siston: a Copinha não admite petulâncias. Ainda integram o Grupo 15 o River do Piauí e o São José da cidade-sede, que se igualaram, 1 X 1. Na sexta, dia 7, o Corinthians se classificará antecipadamente à fase subseqüente caso jogue sério e suplante o River.

A taça da Copinha
A taça da Copinha A taça da Copinha

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