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Silvio Lancellotti - Blogs

Enfim, um livro (divertido) sobre a saga dos Jogos Pan-Americanos

Além das estatísticas, o "Sou louco por ti América", do jornalista Guilherme Costa, retrata em pílulas o que houve desde Buenos Aires, em 1951

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

Vêm aí os Jogos Pan-Americanos de Lima, Peru
Vêm aí os Jogos Pan-Americanos de Lima, Peru

Vésperas dos Jogos Pan-Americanos de 2019, em Lima, Peru, e são escassos os compêndios que se preocupam em contar a História do Esporte no Brasil. Não existisse um mecenas como Richard Civita, da editora Nova Cultural, e eu não teria lançado o meu gigantesco “Olimpíada 100 Anos”, destinado a falar da aventura do evento mundial, prova a prova, desde a edição inaugural, Atenas/1896, até Atlanta/1996. Graças ao Richard, que me propiciou, mês a mês, um verdadeiro salário, durante um ano inteiro, eu pude fechar uma obra de 674 páginas em letras miúdas, em papel quase transparente.

Em 674 páginas, uma homenagem ao centenário da Olimpíada
Em 674 páginas, uma homenagem ao centenário da Olimpíada

Não existia, no País, uma bibliografia mínima e capaz de me informar sobre o que seria um diferencial no trabalho: as performances dos brasileiros desde o evento de 1920, em Antuérpia, na Bélgica. No máximo eu encontrei um tomo singelo, do jornalista Caetano Carlos Paioli, datado de 1985 e intitulado “Brasil Olímpico”, patrocinado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. Recorri a COI, COB, investigações no Exterior, bibliotecas etc. Conheço bem, enfim, as complicações descomunais que espreitam quem se arvora a escrever sobre tal tema, tão impiedoso. Nem o COB dispõe dos dados indispensáveis.

Guilherme Costa, também conhecido por Casão
Guilherme Costa, também conhecido por Casão

Por essa razão, aplaudo incondicionalmente as tentativas que se fazem de eternizar no papel eventos sem memória além do empenho dos abnegados. E aplaudo com prazer particular as preciosas tentativas que advém de novos profissionais, aqueles a quem a preguiça ainda não contaminou. Caso de Guilherme Costa, 30 de idade, na batalha desde os 22, a quem amigos e colegas preferem chamar de Casão, e, basta uma olhadinha nas suas fotos para entender o motivo do apelido. Um certo Walter Jr., hoje comentarista.

Adalberto e "Casão", em 2016
Adalberto e "Casão", em 2016

Já o autor, com Adalberto Leister Filho, do ótimo “2016 Histórias que fizeram 120 anos de Olimpíadas”, ele agora ousa com “Louco por ti América, Curiosidades, Recordes e Histórias dos Jogos Pan-Americanos”. E o Casão ousa porque, antes, além de meras citações no livro de Paioli, o evento continental apenas ganhou, no passado, pesquisas mais profundas de Odir Cunha (“Heróis da América”, em 2007) e na mesma época de Eduardo Colli (“O Brasil nos Jogos Pan-Americanos”). Outros dois heróis de fato, Cunha e Colli.


A capa de "Sou Louco..."
A capa de "Sou Louco..."

Pois o Casão se agrega airosamente a esse pódio raro. De Buenos Aires/1951 até Toronto/2015, graças a pinceladas velozes e divertidas, ele coloca o leitor nos estádios e nas pistas, nas quadras e nas piscinas, inclusive nos bastidores de cada edição. As vezes em capítulos que não passam de parágrafos, e às vezes graças aos depoimentos de quem lá esteve, como testemunha, ou como protagonista, fornece um gostoso aperitivo do que vai se ocorrer em Lima, com a cobertura da RecordTV e do R7. Além de alinhavar os medalhistas do Brasil, o Casão se preocupou em expor as listas daqueles que mais somaram os ouros e os títulos. O único reparo: não custava nada, na relação de lauréis dos esportes coletivos, por exemplo Basquete e Volêi, dar os nomes de todos os integrantes de cada equipe dos ouros, das pratas ou dos bronzes.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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