Walter mexeu com a cabeça de Mancini. Mas Cássio quer seu lugar
A atuação impecável de Walter garantiu a vitória contra o Athletico. Mas Cássio é titular há oito anos. E é um dos líderes do grupo. Deve voltar ao time
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
Mancini está encurralado.
Ou faz justiça e mantém Walter, como titular, depois da atuação espetacular, na sua estreia como técnico do Corinthians.
E, cuja vitória diante do Athletico, não aconteceria sem pelo menos seis excelentes defesas do goleiro.
Ou faz voltar Cássio, que passa por uma má fase. Mas além do seu histórico invejável pelo Corinthians, ele é dos grandes líderes do elenco.
Quem acompanha a carreira de Mancini sabe que um dos seus discursos prediletos é o de que 'joga quem estiver melhor. Para o bem do clube'.
Só que ele sabe que não pode perder o apoio dos líderes corintianos, na luta contra o rebaixamento.
Ainda mais tendo de fazer um trabalho marcante, para se firmar no cargo, até as eleições presidenciais, marcadas para 28 de novembro.
Mancini sabe que não pode errar nestas decisões importantes.
"O Walter fez um belo jogo realmente.
"Na minha opinião foi o melhor em campo.
"Disparado, em todos os sentidos, pela liderança, pelas boas defesas.
"Mas é tudo muito cedo ainda, muito novo, nós temos que analisar todas as possibilidades.
"O Cássio também é um grande goleiro."
Há seis anos, Walter é reserva de Cássio.
Já teve várias sondagens para sair.
Santos, Fluminense, Athletico, Ceará.
A melhor delas, o Corinthians matou na raiz.
O São Paulo, em 2017.
A negativa foi firme.
"Tem "n" clubes que poderiam me dar o suporte que tenho no Corinthians, mas é mil vezes melhor estar aqui nesta equipe, campeã, que está sempre buscando títulos, no banco de um grande goleiro como é o Cássio.
"Isso que me faz querer sempre mais, mesmo estando no banco de reservas. Procuro fazer sempre o meu melhor para pelo menos tentar chegar ao nível dele", resumiu o goleiro no ano passado.

Em novembro, Walter fará 33 anos.
Ele tem contrato até o final de 2021.
Seu salário não é alto para um jogador com seu nível.
R$ 200 mil.
Mas acontece que o jogador é traumatizado.
Como só atuou em equipes pequenas, antes de chegar ao Corinthians, teve vários problemas para receber seus salários.
Passou pelo XV de Jaú, Iraty, Rio Branco, Londrina, J. Malucelli, Caxias, Novo Hamburgo, Noroeste, União Barbarense até chegar no Parque São Jorge.
De temperamento discreto, ele sempre foi muito leal a Cássio.
A disputa pela posição é dura.
Porque nenhum dos dois se acomoda.
Cássio acabou sendo um dos pára-raios da falta de dinheiro no Corinthians, por conta das dívidas com o estádio.
O grupo limitado e fraco trabalho de treinadores, como Tiago Nunes, resultaram em queixas, pressão, palavrões e mesmo ameaça de membros das organizadas ao goleiro campeão do mundo e da Libertadores.
Aos 33 anos, ele também recusou várias propostas para sair.
Inclusive uma da Turquia, que pagaria três vezes seu salário no Corinthians.
Ganha R$ 700 mil mensais.
Ele tem sofrido muito em 2020.
Passa por um momento ruim de instabilidade.

Mas não é jogador de entregar a posição.
Não facilitará as coisas para Mancini.
E para o seu amigo, mas rival de posição, Walter.
O novo técnico corintiano que deverá usar sua autoridade.
Ele deverá conversar com os dois ao mesmo tempo.
E Cássio, titular há oito anos, deverá voltar ao time.
Enfrentar o Flamengo.
Sabendo que suas falhas não serão perdoadas.
Walter está pronto para assumir seu lugar.
O Corinthians luta para escapar da zona do rebaixamento.
E, Mancini, para sobreviver à eleição presidencial...
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