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Cosme Rímoli - Blogs

‘Você acha que um japonês ia vir aqui e tomaria meu cinturão?’ Mata-leão sensacional de Pantoja. Ele fez Asakura ‘dormir’. E desafiou Johnson

O brasileiro encurralou o presidente do UFC, Dana White. Pantoja venceu sem susto o midiático Kai Asakura, com um mata-leão, no segundo round. O japonês era campeão da Rizin e foi contratado porque não há adversários à altura de Pantoja. E agora? Johnson?

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Pantoja foi dominante. Mostrou sua técnica impressionante no jiu-jitsu. Não há adversários à altura do brasileiro nos peso mosca Divulgação/Zuffa

O Brasil tem outro lutador no UFC que dá orgulho.

Além do fenomenal Alex Poatan, nos meio-pesado.

É Alexandre Pantoja.

Ele ‘limpou’ a categoria dos mosca.


Dos dez primeiros colocados, ele já venceu nove.

Fez o presidente do UFC, Dana White, ir para o Japão.


Para contratar o midiático Kai Asakura, campeão do Rizin, evento muito celebrado.

É quase uma versão moderna do Pride, com destaque no Oriente.


Cabelos platinados, muito ágil, com grande repertório de golpes.

Mas conhecido por suas temidas e impressionantes joelhadas voadoras.

Lutava no peso galo, até 61 quilos.

Teve de baixar de peso para 57 quilos, para poder lutar pelo cinturão dos mosca.

Desembarcou no UFC com a missão de tomar o cinturão de Pantoja.

O que seria ótimo para a entidade no mundo.

Não há nenhum japonês campeão.

Só que ele desafiou o homem errado.

O carioca de Arraial do Cabo, sem precisar fazer escândalos, se impõe, faz história.

Ele já tinha 12 vitórias no peso mosca.

Campeão, tinha duas defesas do cinturão que tomou de Brando Moreno.

Não deu chances para Brandon Royval, Steve Erceg.

Aos 34 anos, está no auge de sua carreira.

Sério, focado, é um dos maiores representantes da American Top Team.

Violentíssimo na trocação, tem no jiu-jitsu sua grande arma.

Ele consegue dar show, tornar as lutas emocionantes, com socos, cotoveladas, chutes altos.

Para finalizar no chão, onde é mestre.

E ontem, em Las Vegas, no UFC 310, chocou o mundo das lutas.

Pantoja desafiou a 'lenda' Demetrious Johnson. Seria um combate histórico Divulgação/Zuffa

Além de fazer Dana White pensar seriamente em colocar Merab Dvalishvili como próximo adversário do brasileiro.

Ou seja, colocar um lutador de uma categoria acima, para dar competitividade nos mosca.

O georgiano campeão dos galo se mostra a última saída.

O combate começou em ritmo alucinante.

Com Pantoja aceitando a troca de golpes, para buscar levar ao chão o japonês.

A diferença do nível dos dois no chão é descomunal.

Mas ansiedade para acabar logo a luta, o brasileiro se colocou na posição que Asakura sonhava.

Com a cabeça baixa para agarrar suas pernas.

Ele usou a joelhada voadora de encontro.

Mas errou o alvo.

Queria o rosto do brasileiro, mas acertou o peito de Pantoja, que assimilou o golpe.

A resposta foi cruel.

Cruzados, jabs, chute alto, e, por ironia, acertou uma joelhada.

O japonês viu que o adversário tinha nível muito maior que o dele.

Como não dá para comparar o nível do UFC com o do Rizin.

A situação estava mais do que complicada.

Chegou o segundo round, e com ele, Pantoja mais confiante e ciente do que deveria fazer.

Ele começou trocando, mas mirou agarrar as pernas do desafiante.

Asakura se desequilibrou.

Foi o suficiente para o brasileiro, como uma naja, grudar nas suas costas.

Com habilidade e agilidade impressionantes, Pantoja passou a perna direita sobre a cintura do japonês e enroscou o pé esquerdo no direito, ‘fechando o cadeado’.

Depois, só seguir o caminho da agonia.

No chão, foi ‘esgrimar’.

Começou com o braço esquerdo para ‘driblar’ a defesa do oriental.

Mas foi o direito que se encaixou no seu pescoço.

Apertou, apertou, apertou.

Com muita raça, Asakura não quis dar os fatais três tapas no chão ou no adversário e desistir.

Acabou perdendo os sentidos, ‘dormindo’ diante das câmeras, aos dois minutos e cinco segundo.

Mais uma vitória avassaladora de Pantoja.

A volta de Johnson seria uma grande, e lucrativa, atração para o UFC Divulgação/Zuffa

“Esse é o nível do UFC, é muito alto. Você acha que um japonês ia vir aqui e tomar meu cinturão? Não.

“Eu estou disposto a ir para o Japão para defender.

“Não importa, quanto o octógono está fechado, essa é minha cidade, esse é o meu lugar”, disse o campeão.

Enquanto Dana pensa em fazer com que lute em uma categoria acima, o brasileiro foi esperto.

Pensou em tirar da aposentadoria o maior campeão dos mosca da história.

Demetrious Johnson.

Aos 38 anos, ele anunciou a retirada dos octógonos.

Trazer de volta uma lenda para o combate seria incrível.

Muito lucrativo.

E também daria lhe daria muita vantagem, já que vive seu auge atlético.

Ao contrário de Johnson.

“Seria uma luta especial para um lutador aposentado, ele não luta mais, ele se aposentou esse ano, mas essa é a minha mensagem para você, Demetrious Johnson eu sou o GOAT (Greatest of all time) aqui.

“Se você quiser provar que é o GOAT, volte...” pediu após o fácil combate.

Mesmo se não houver a sonhada luta, já há uma certeza.

Pantoja já fez história.

Se tornou absoluto entre os atuais mosca no mundo.

E faz o Brasil se orgulhar no UFC.

Assim como o fenomenal Poatan...





Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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