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Cosme Rímoli - Blogs

Vitória do Corinthians. Efeito 'cala a boca' para o Palmeiras

Se a partida foi a 'revanche' da final do Paulista, mostrou que o bicampeão Corinthians mereceu o título. Não sobraram desculpas ao Palmeiras

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Rodriguinho. Gol e a pose. Não há do que o Palmeiras reclamar
Rodriguinho. Gol e a pose. Não há do que o Palmeiras reclamar

Teve o efeito de um 'cala a boca'. 

A vitória do Corinthians por 1 a 0, no Itaquerão, foi incontestável. 

Gol do onipresente Rodriguinho.

O meia, com faro artilheiro, pode ser a surpresa na convocação de Tite.


Merece.

Não houve lance duvidoso, interferência externa, nada.


Apenas o time de Fábio Carille foi muito melhor.

Se o Palmeiras acertou três bolas na trave.


Jaílson fez pelo menos cinco defesas impressionantes.

Não vingou a história de melhor visitante do Brasil.

Nem adiantou nada a diretoria prometer premiação especial.

Muito menos querer 'envelopar' de verde o vestiário.

Foi até mais constrangedor para o elenco mais caro da América Latina.

O limitado Corinthians venceu e até houve espaço para humilhação de Romero.

O paraguaio controlou a bola na cabeça, como uma foca.

Muitos se lembraram de Edilson e a final do Paulista de 1999.

O ex-jogador estava no Itaquerão e elogiou Romero.

Os palmeirenses não tiveram nem força moral para cobrar de verdade a ousadia.

Daronco. Ótima arbitragem
Daronco. Ótima arbitragem

Perderam o jogo, a chance de chegar na liderança do Brasileiro.

E até ânimo na sua guerra santa para contestar a final do Paulistinha.

Com a licença de Andrés Sanchez, o twitter do Corinthians ironizou.

Sem pena

"Achei que foi o nosso melhor jogo na temporada, preciso rever depois, gosto de assistir aos jogos inteiros, mas acho que, em questão de aproximação, toque de bola, tática, foi a nossa melhor apresentação", resumia, satisfeito, Carille.

"Hoje coletivamente não atuamos bem em boa parte do tempo, levamos um gol de contra-ataque, com um passe mais centralizado para progredir, deixamos o Pedrinho sozinho, não matamos a jogada no meio do caminho e defendemos no fim em inferioridade numérica. É o jogo que não conseguimos executar", reconhecia Roger Machado. 

"Por favor, amanhã não podemos nos programas esportivos jogar o Palmeiras para baixo por perder o clássico", pedia o treinador palmeirense, de forma quase juvenil. 

Seu time quando joga bem, merece elogios.

Como atua mal, como hoje, será cobrado.

Esta é a rotina de clube grande.

Lucas Lima foi figura decorativa na derrota palmeirense. Nada fez em campo
Lucas Lima foi figura decorativa na derrota palmeirense. Nada fez em campo

O Corinthians foi muito superior taticamente ao Palmeiras. A compactação do time conseguiu 'matar' Lucas Lima e Dudu. Dois jogadores talentosos, técnicos, mas que precisam de espaço para jogar. E não tiveram centímetros para respirar. Além de improdutivos, claramente não entendiam o que estava acontecendo. Aceitaram passivamente a marcação nas intermediárias.

O Palmeiras foi envolvido pela intensidade corintiana praticamente durante todo o jogo. Seus laterais acabaram travados, só se defendendo. Carille forçava pelo fraco lado direito defensivo palmeirense. Marcos Rocha não marca bem. E Antônio Carlos não tem a velocidade suficiente para cobrir o lateral. Esse problema é crônico.

As bolas que o time de Roger acertou nas traves foram em lances esporádicos. A primeira foi com Thiago Santos, que jogou no lugar do suspenso Felipe Melo. Keno disputou com a zaga corintiana e ganhou de cabeça. A bola sobrou para o volante, livre, cara a cara com Cássio. O chute saiu violento, reto. Tivesse um mínimo de frieza, desviaria do goleiro. Acertou a trave direita do corintiano.

O castigo veio no minuto seguinte, aos 37 minutos. Quando a aposta Pedrinho teve espaço em um contragolpe. Driblou Bruno Henrique e Thiago Santos. Serviu Jadson. O meia tocou para Maycon, como lateral esquerdo. O cruzamento encontrou Rodriguinho como centroavante. Sem goleiro, ele estufou as redes palmeirenses. 1 a 0.

O Corinthians seguiu ditando o ritmo de jogo. O Palmeiras, mesmo perdendo, não tinha força ofensiva. Várias vezes, Roger Machado saía do banco e implorava para o seu time atacar. Mas não tinha jeito. Seguia preso, atrás da intermediária. Postura decepcionante para o clube de maior investimento na América Latina.

A ironia corintiana logo após o jogo
A ironia corintiana logo após o jogo

Jailson se transformou, de longe, no melhor jogador palmeirense. Ele fez estupendas defesas em vários arremates, que o Corinthians conseguia, depois de trocar passes e envolver o sistema defensivo do rival. 

O domínio era tamanho que não havia sequer como o vice campeão paulista mostrar sua raiva, sua ira para conseguir escapar da pressão corintiana. 

O segundo tempo começou com o Palmeiras dando a falsa impressão de reação. Bruno Henrique chutou da entrada da área e acertou a trave de Cássio. Segunda bola no poste. Quando se esperava que Roger Machado deixaria seu meio de campo adiantado, pressionando, travando a saída de bola, nada disso aconteceu. Logo a equipe recuava. Aceitava o toque de bola corintiano.

Romero e Sidcley. Dois jogadores para anular Keno. Corinthians melhor armado
Romero e Sidcley. Dois jogadores para anular Keno. Corinthians melhor armado

O único defeito dos comandados de Carille era a falta de um artilheiro nato. Várias bolas cruzavam a área sem um pé certeiro para empurrá-las de novo para a rede. Fora Jailson seguir fazendo seus milagres.

O Corinthians ganhava o jogo tendo o domínio das intermediárias.

Diante do desespero verde, Romero fez os mais de 35 mil corintianos na arena vibrar. Ao controlar uma bola de cabeça. Lance improdutivo, mas que servia para desmoralizar os palmeirenses. Sem força moral, nem reagiram. Só Edu Dracena falou alguns palavrões e foi só.

Quando a partida caminhava para o fim, quase a injustiça.

Dudu acertou um cruzamento e a bola foi parar na cabeça de Antônio Carlos.

A cabeçada saiu forte.

A bola beijou a trave esquerda de Cássio.

O lance aconteceu aos 43 minutos do segundo tempo.

Se o Palmeiras empatasse seria uma absurda injustiça.

Edilson e Romero. Provocações
Edilson e Romero. Provocações

O Corinthians foi muito melhor.

Dominou, calou o adversário.

Mostrou qual é o melhor time paulista do momento.

Sem contestação.

Não adianta nem ir até à Fifa para negar o óbvio.

Vitória marcante do Corinthians...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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