São Paulo, Brasil Despencando na tabela do Brasileiro, depois da parada da Copa América, a diretoria do Goiás resolveu chamar a atenção do país. Para tirar o foco da humilhante goleada que sofreu por 6 a 1 para o Flamengo ou do frustrante 0 a 0 contra o Avaí, lanterna do campeonato. O clube decidiu investir na fabricação dos próprios uniformes. Não quis seguir mais com a Topper. O novo uniforme, independente, chegará às lojas em agosto. Mas no domingo, o clube resolveu dar uma prévia. E da maneira mais infeliz possível. Lançou um vídeo sensual com duas modelos. O clima da filmagem é erotizado. Algo absolutamente incompatível, incompreensível nestes tempos em que o futebol feminino ganha espaço. Uma bobagem machista que está sendo massacrada na Internet. Já tem até esta manhã nada menos do que 929 mil acessos. E mais de cinco mil comentários. A esmagadora maioria rejeitando o clube. Típica publicidade afasta patrocinadores. Erro de marketing primário. Mas a diretoria do Goiás não se importa. Até agora, não se manifesta. Deixa uma loira e uma morena sensualizando o novo uniforme. A média de torcedores do Goiás em casa é deprimente. Apenas 7.306 adeptos, apenas o 22º clube entre os da Série A e Série B. Colocar mulheres como objeto não vai ajudar. A campanha do novo uniforme é um vexame. E o clube não se importa com a repercussão. Os dirigentes não falam sob o tema. Só comemoram a audiência. Triste futebol brasileiro... (A situação ficou ainda mais vexatória. O clube não aceitou as críticas. Depois de muita expectativa, veio a explicação do presidente do Goiás, Marcelo Almeida. "Vi maldade, na verdade. Não consegui enxergar excesso ou sexismo. O que vi foi um falso puritanismo. "Não teve tanto sensualismo e nem motivo para tanta polêmica. Eu vi um vídeo externando a beleza da mulher goiana que é a uma característica de nosso estado. Não vi exploração de imagem." Falou ao globoesporte.com. Ele fez questão de deixar o vídeo no ar. Segue o absurdo...)