Vândalos e Gallardo. Responsáveis pelo histórico vexame argentino
River Plate foi eliminado da final do Mundial. Perdeu nos pênaltis para o Al Ain, por 5 a 4. Derrota começou com pedradas no ônibus do Boca
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Com toda a justiça, o Al Ain está na final do Mundial de Clubes de 2018.
Depois do empate em 2 a 2, o time dos Emirados Árabes desbancou o mega favorito River Plate, nos pênaltis, por 5 a 4.
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Foi a primeira vez que um argentino, classificado ao Mundial, não chega à decisão. Os brasileirtos Internacional e Atlético Mineiro já haviam passado por esse vexame, caindo diante do congolês Mazembe e do marroquino Raja Casablanca.
O colombiano Atlético Nacional perdeu para o Kashima Antlers.
O fracasso do River Plate tem enorme ligação com sua própria torcida. Ou melhor, os vândalos das organizadas que apedrejaram o ônibus do Boca Juniors na final da Libertadores da América.
Essa selvageria sabotou toda a preparação de Marcelo Gallardo para o Mundial.
Houve 15 dias de adiamento até a última partida contra o Boca Juniors. E uma viagem absurda de 10 mil quilômetros até Madrid.
O jogo foi disputado com uma temperatura de 8 graus.
Nove dias depois, o time é obrigado a jogar com uma temperatura de 27 graus, em Abu Dhabi, distante 7.700 quilômetros da capital da Espanha.
A preparação do River Plate foi um caos.
Assim também como a partida que jogou diante do Al Ain.
A soberba de Gallardo foi imperdoável.
O treinador acreditou que ganharia facilmente a partida.
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E esperaria o Real Madrid na decisão do Mundial.
Montou uma equipe extremamente ofensiva.
Com pouquíssima marcação, recomposição.
Acreditava na técnica maior do seu time.
Tomou um susto, quando a equipe que deveria fazer apenas figuração marcou 1 a 0, aos dois minutos de jogo. Escanteio curto, Berg desvia a bola que entra no meio das pernar do ótimo goleiro Armani.
O susto argentino durou pouco tempo.
Gallardo mandou seu time marcar sob pressão o Al Ain. E 14 minutos depois, já havia virado o jogo. Borré marcou aos 10 e aos 16. O primeiro, depois de um bate e rebate na área árabe e o segundo, em um contragolpe mortal em velocidade. O colombiano parecia que seria o dono da partida.
Foi quando o croata Zoran Mamić percebeu o espaço enorme nas intermediárias argentinas. Na vontade de golear, Gallarda deixou seu meio de campo aberto. E tocando a bola, o Al Ain passou aos poucos a dominar o jogo.
Já era para ter empatado a partida aos 45 minutos do primeiro tempo, quando El Shahat marcou em posição legal e o árbitro italiano Gianluca Rocchi viu o lance no VAR e decidiu, de maneira surpreendente, anular o 2 a 2.
No segundo tempo, o River Plate se abriu mais ainda e o Al Ain percebeu que o adversário não era tão forte assim. Até porque havia o cansaço dos deslocamentos, do final de temporada aqui na América do Sul.
E logo aos cinco minutos, o brasileiro Caio Lucas conseguiu empatar o jogo. Rocchi desta vez não ajudou os argentinos.
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A partida seguiu equilibrada até o final.
Empate em 2 a 2.
Gallardo voltou a deixar o River Plate ainda mais ofensivo.
O time argentino tinha quarto atacantes.
E ninguém com talento para servir seus jogadores.
Parecia um bando e não o time campeão da Libertadores.
Nos 30 minutos de prorrogação, a maior chance foi do Al Ain.
Aos 12 minutos do segundo tempo, Ahmed chutou de primeira, livre diante do goleiro argentino.
Armani defendeu com puro reflexo.
Mas vieram os pênaltis.
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Nove cobradores marcaram.
Enzo Pérez quis esnobar o ágil goleiro Khalid.
Cobrou fraco e a defesa decidiu a vaga à final do Mundial.
O River Plate é o grande responsável por sua eliminação.
A começar pelas vãndalos nas organizadas.
E suas pedradas no ônibus do Boca Juniors.
Depois pela soberba de Gallardo, que desprezou o Al Ain.
E, finalmente, pela irresponsabilidade de Enzo Pérez.
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Agora todos choram.
Mas os argentinos estão fora da final do Mundial.
Caíram diante do desprezado time dos Emirados Árabes.
Fica a lição.
O que começou com vexame tinha de acabar com vexame...
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River aumenta lista de vexames de sul-americanos no Mundial
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