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Cosme Rímoli - Blogs
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Um ídolo para o Cruzeiro, ‘à altura de Hulk, do Atlético’. E Alexandre Mattos contrata Dudu. Aos 32 anos, acabou sua trajetória no Palmeiras

O mesmo jogador que criou o personagem Alexandre ‘Mitto’, revive a história com o dirigente. Como em 2015, Dudu surpreendeu o Brasil, quando deixou de ir para o Corinthians e foi para o Palmeiras. Desta vez, troca em definitivo, o Palmeiras pelo Cruzeiro

Cosme Rímoli|Cosme RímoliOpens in new window

Dudu surgiu no Cruzeiro, em 2009, com 17 anos. 15 anos depois, com 32 anos, uma estrela, está de volta à Toca da Raposa

“Cara, você quer ser a figura máxima de um projeto?

“Ou você quer ir, com todo o respeito, para o Corinthians para ser mais um?

" Ou para o São Paulo?.”

Alexandre Mattos perguntou e preparou o gesto teatral.

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Tirou da bolsa uma camisa do Palmeiras número 7.

“Tá aqui cara, esse número 7 é seu.

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" Lá (no Corinthians)você vai ser 20 e caramba.

“Vai ser 40.

“O número 7 é a sua.

“A camisa que foi do Edmundo.

“Você vai ser o cara no Palmeiras.”

Foi assim que Alexandre Mattos convenceu Dudu, que já havia acertado verbalmente com o Corinthians, a ir para o Palmeiras.

A situação aconteceu há nove anos.

E ambos mudaram de status.

Alexandre viu o seu sobrenome virar ‘Mitto’.

E Dudu passou de ser promessa para uma grande estrela palmeirense, injustiçada por Tite na Copa de 2018.

Hoje, 15 de junho de 2024, depois de mais de dez dias convencendo o jogador, Alexandre Mattos conseguiu de novo.

Foi no ponto fraco do atacante.

Aos 32 anos, ele estava preocupado em ter contrato ‘apenas’ até 2026.

Está voltando de uma cirurgia que o deixou sem jogar futebol por 300 dias.

Se machucou em agosto de 2023, contra o Vasco.

Torceu o joelho direito no gramado artificial do Allianz Parque, que começava a derreter.

Seu pé ficou preso e ele rompeu os ligamentos cruzados anteriores e lesionou os meniscos.

Houve uma reconstituição do joelho.

A contusão gravíssima de Dudu. 300 dias sem jogar futebol. Joelho direito teve de ser 'reconstruído'

Cirurgia delicada, que demandou toda a atenção do departamento médico palmeirense.

Ele seguiu recebendo os seus R$ 2 milhões mensais de salários.

Mas percebia que havia perdido muito espaço, depois do surgimento do fenômeno Endrick.

Deixou de ser ‘o cara’ no Palmeiras.

Ainda mais com Estevão, Luiz Guilherme.

Fora a contratação de Felipe Anderson.

Dudu sabia que havia se tornado um jogador caro e cujo futuro era incerto.

Empresários do Oriente Médio voltaram a sondá-lo.

Mas ele não queria voltar para lá, depois da decepção com o Al-Duhail, do Catar, que não quis contratá-lo em definitivo, depois do empréstimo de um ano.

O grande complicador foi o fato de a Fifa exigir um tempo muito maior para que atletas naturalizados pudessem disputar a Copa do Mundo por outro país, e não o que nasceu.

Essa era a intenção de Dudu, jogar 2022 pelo Catar.

Compensar o desprezo de Tite, em 2018, quando estava no auge.

Este blog do R7 revelou em primeira mão. O Al-Duhail não exerceria a compra de Dudu. E ele voltou ao Palmeiras

Este blog deu, em primeira mão, a notícia que ele voltaria ao Palmeiras.

Alexandre Mattos conhece muito bem a personalidade de Dudu.

O atacante acabou de ter o terceiro filho neste período contundido.

O dirigente tenta voltar a merecer o respeito de grande executivo midiático.

E convenceu o novo dono do Cruzeiro, o bilionário Pedro Lourenço que, se o Atlético tinha Hulk, o Cruzeiro teria Dudu.

Pedrinho gostou da ideia.

Mattos revelou o que tinha na mente.

Um contrato de quatro anos para Dudu, com a possibilidade do quinto.

Deste que o atacante atinja um certo número de jogos como titular.

Salários de R$ 2 milhões, mais luvas de R$ 1,2 milhão, diluídas em R$ 300 mil por ano.

Pedrinho disse ‘sim’.

E Dudu ficou de pensar.

Sondou o executivo do Palmeiras, Anderson Barros, se havia a possibilidade de o Palmeiras prorrogar seu contrato, se surgisse uma proposta.

Ouviu um sonoro ‘não’.

Foi a deixa.

Ele aceitou a proposta de Mattos.

O dirigente cruzeirense então voltou a conversar com Pedro Lourenço.

E ofertou 4 milhões de dólares, cerca R$ 21 milhões.

Além disso, pediu ao atleta procurar o treinador Abel Ferreira para falar que queria ir embora.

Alegando que seria o último grande contrato da carreira.

E que havia dado ‘tudo’ para o Palmeiras nestes nove anos.

Abel, que já não mais via Dudu como primordial, concordou.

Situação que foi a senha para a presidente Leila Pereira aceitar a proposta de Mattos, aconselhada por Anderson Barros.

A transação acabou efetivada ontem.

Estava toda apalavrada.

Mas não documentada.

Só que o Cruzeiro resolveu tornar pública a situação.

Até para não haver reviravolta por parte do Palmeiras.

Não haverá.

Dudu já se considera jogador do Cruzeiro.

Quer voltar a ser ‘o cara’

Mesmo não tendo disputado nenhuma partida em 2024.

Ainda mais em um clube onde não conseguiu vingar, se impor, no início da carreira.

Não houve profundas lamentações no Palmeiras.

Muito pelo contrário.

A saída só contribuiu para uma silenciosa, e lucrativa, reformulação no elenco de Abel.

Já foram Endrick, ao Real Madrid, por R$ 400 milhões.

Luiz Guilherme ao West Ham, por R$ 172 milhões.

Estevão está acertado com o Chelsea, por R$ 350 milhões.

Luan já é jogador do Toluca, por R$ 18,5 milhões.

Breno Lopes já foi emprestado para o Fortaleza.

Gabriel Menino está sendo oferecido a empresários do Exterior.

Se surgir uma ‘grande proposta’ para Veiga, ele também sairá.

O inesperado para a direção palmeirense foi esta oferta do Cruzeiro.

E já aceita.

Em nove anos, Dudu conseguiu nada menos do que 12 títulos. Sai do Palmeiras como um 'grande vencedor'

O atacante viajará na próxima semana para Belo Horizonte.

Disposto a encarar Hulk de ‘igual para igual’.

Dudu foi um dos grandes ídolos palmeirenses.

Ganhou 12 títulos nestes nove anos.

‘Sai na hora certa’, garante um conselheiro ligado umbilicalmente a Leila Pereira.

O sábado à noite não é de tristeza nos bastidores palmeirenses.

Mas de certeza.

Dudu foi ‘o cara’ quando o clube precisou.

Primeiro foi o Catar, que ele também pediu para ir.

Depois, a contusão gravíssima.

E ausência por 300 dias.

O Palmeiras se acostumou a ficar sem Dudu.

Daí o adeus ser tão natural.

Sem dor, sem tristeza...


Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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