Um ano do caríssimo Daniel Alves. Fracasso. Ele aprendeu a perder
O maior 'vencedor do futebol', acumula derrotas. Mais alto salário entre todos os jogadores do Brasil. Conselheiros questionam a rescisão do contrato
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Há um ano, a direção do São Paulo comemorava.
O inseguro presidente Leco foi convencido por Raí.
Daniel Alves queria voltar ao Brasil e jogar no São Paulo.
Ele era titular absoluto e capitão da Seleção Brasileira.
O departamento de marketing do clube se arrepiou.
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Avisou ao inseguro Leco que o São Paulo teria o 'melhor lateral do mundo e sem gastar um centavo'.
Empresas fariam fila para patrocinar o jogador e ter sua imagem relacionada ao maior vencedor do futebol mundial.
Afinal, ele havia ganho 40 títulos importantes, de relevância, como três Mundiais e três Champions. Fora seis Campeonatos Espanhóis, um Italiano, dois Franceses.
Duas Copas das Confederações, duas Copas América, com a Seleção.
Fora o fato de ser midiático.
No Instagram, mais de 31 milhões de seguidores.
No Twitter, nove milhões.
No facebook, dez milhões.
Fora o fato de ser dono dos seus direitos.
Diante desse quadro, Leco assinou de olhos fechados o contrato.
E deu a camisa 10 tricolor.
Mais a faixa de capitão.
Além de R$ 1,5 milhão a cada 30 dias.
Até agosto de 2022.
Dá um total de R$ 54 milhões.
Fora bônus por conquista.
O São Paulo não ganha um título desde 2012.
Diante desse quadro, o inseguro Leco assinou contrato de olhos fechados.
Só que tudo começou a ruir.
O 'melhor lateral do mundo' exigia: no São Paulo seria meio-de-campo.
Aos 36 anos, ele se tornou um privilegiado em campo. Um volante ofensivo, sem obrigação de marcação. De vez em quando atuando como ala direito. Por poucos minutos.
Ele não se desgasta indo e voltando pela lateral.
Só com a camisa da Seleção.
No São Paulo, não.
O time continuou a fracassar.
Trocar treinadores.
Daniel Alves não teve o destaque que todos sonhavam.
As empresas se assustaram com as derrotas.
E só uma se aproximou do atleta.
A DAZN, serviço de streaming de esportes. O grupo britânico começou a cobrar por transmissões de esportes em 2016. Chegou ao Brasil em março de 2019.
E em dezembro do ano passado, a direção do São Paulo divulgou que Daniel Alves seria o 'embaixador da DAZN'. Fontes vazaram que ele receberia R$ 5 milhões por três anos.
Houve festa, na direção.
Orgulho de Raí, o marketing estava exultante.
Só que não sabiam que a DAZN estava mergulhando em crise. A pirataria e a recessão que o país vivia, sem a pandemia, fez o acordo balançar.
Até que chegou a pandemia.
A empresa perdeu mais de 50% dos assinantes.
Teve de devolver à Conmebol a Copa Sul-Americana.
Por não ter condições de pagar.
Baixou seu preço de assinatura.
Em vez de R$ 37,90 para R$19,90.
E desistiu do acordo com Daniel Alves.
Tudo segue pior ainda.
Conselheiros têm questionado os candidatos à presidente do São Paulo, Roberto Natel e Julio Casares, sobre a possibilidade de rescindir contrato com o veterano jogador de 37 anos.
"Ter o melhor lateral direito do mundo e escalá-lo no meio de campo, onde é um jogador normal, não concordo. Assim, eu não o teria contratado", resume Zetti.
As organizadas que tanto comemoraram sua chegada, já o escolheram como um dos responsáveis pelos fracassos desse último ano. E ele é constantemente xingado nos protestos.
As empresas seguem mais longe possível do jogador.
Como ter um embaixador de um clube que só perde?
Que conselheiros querem fora do Morumbi?
Daniel Alves usa as redes sociais para se defender.
Com 'textões', garante que não vai desistir.
E mesmo com o São Paulo em crise financeira, segue recebendo o maior salário do Brasil.
Em um ano de Daniel Alves no São Paulo, o jogador mais vitorioso da história do futebol.
E nada mudou.
Ele não ensinou o caminho das vitórias.
Pelo contrário.
Daniel Alves aprendeu a perder...
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