São Paulo, Brasil Na mesma semana que começa a venda do livro de Alexandre Mattos, "Tudo Começou Com Um Sonho", onde ele descreve a sua ascensão a executivo de futebol, ele tem papel fundamental em um grande vexame. A demissão mais rápida da história do futebol brasileiro. Thiago Neves. Um dos jogadores que mais ironizou o Atlético Mineiro na história, foi contratado pelo clube que desdenhava. Com direito a assinatura no documento. Mas o vínculo durou apenas cerca de cinco horas. Das 16 horas de ontem, ao assinar um contrato de produtividade até o final do Brasileiro, até as 21 horas, quando o presidente Sergio Sette Camara percebeu o erro que Alexandre Mattos cometeu, a pedido de Jorge Sampaoli, e o negócio foi desfeito. Por pura revolta de conselheiros, membros da diretoria e, principalmente, da torcida atleticana. Sette Camara decidiu recuar até porque haverá eleição em dezembro. E ele terá a fortíssima resistência do ex-presidente e atual prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil. Thiago Neves colheu o que plantou. O jogador, que ficou entre 2017 e 2019 no Cruzeiro, virou um especialista em usar as redes sociais para atacar o Atlético Mineiro. Foram inúmeras vezes que ironizava o rival. Como na conquista do pentacampeonato da Copa do Brasil, quando dançou e cantou em um vídeo a seguinte música "Não ganha nada, time sofredor... "E é assim que eu canto... "Tomar no ... ,Galooo" Na mesma comemoração, desdenhou outra vez. "Galinhada, para de chorar. "Deixa a gente comemorar." Em fevereiro de 2019, dez dias após a queda da barragem de Brumadinho, com 259 mortos e 11 desaparecidos, o jogador teve a coragem de comparar um rompimento de barreira ao rebaixamento do Atlético. "Barragem que já caiu uma vez assusta moradores de Vespasiano e região. Atenção aí pessoal", se referindo à queda em 2005. Inclusive com uma foto do Centro de Treinamento do Atlético Mineiro. É inacreditável que Alexandre Mattos não tenha levado em consideração o desrespeito de Thiago Neves ao clube. Veja mais: Luxuosa boate subterrânea. Puma ou Adidas. É Neymar, com covid-19 E cedido ao pedido de Sampaoli. Mas tudo que fez foi expor o Atlético Mineiro. A torcida invadiu as redes sociais para pressionar e avisar: não aceitava o ex-cruzeirense. A gota d'água foi o vídeo do presidente da principal organizada do Atlético Mineiro, a Galoucura, Josimar Júnior. Ele avisou. "A gente é contra. É inadmissível a hipótese desse Thiago Neves, desse safado, vestir a camisa do Atlético. A gente entende que vários clubes têm rivalidade de jogador com outro. Às vezes o jogador veste até a camisa do rival, mas esse cara passou de todos os limites, desrespeitou a torcida do Galo. Esse pilantra não veste a camisa do Galo. "Nós, torcedores, que mandamos no Clube Atlético Mineiro. "A gente é quem vai no estádio, paga ingresso. Nós é que temos amor. Dirigente, presidente e funcionário é tudo passageiro. Vamos ver o decorrer disso aí, mas somos contra. É inadmissível esse cara pelo menos sonhar em vestir a camisa do Atlético. Isso aqui é pesado demais para qualquer um vestir, ainda mais esse pilantra. "Esse é o posicionamento da Galoucura e contamos com todas as organizadas." Diante de tanta revolta, Sette Camara teve de recuar. E mandou Alexandre Mattos desfazer o negócio. Foi o que ele fez. Thiago Neves, demitido do Grêmio, aos 35 anos, perde uma excelente oportunidade na carreira. Pedido por um dos grandes técnicos da América Latina. Tendo a chance de atuar em um dos maiores clubes do Brasil. Jogou tudo fora. Com suas estúpidas provocações. O mundo mudou. É preciso respeitar o adversário, o rival. A lição veio cruel, dura. O habilidoso se sabotou. Ele mesmo fechou as portas do Atlético Mineiro. Não havia condições de perdoá-lo. Mattos e Sette Camara deveriam saber. Mas descobriram a óbvia rejeição dos torcedores. Thiago Neves não pisa na Cidade do Galo...Curta a página do R7 Esportes no FacebookNeymar e muitos outros: relembre episódios de racismo no futebol