Sidcley afastado. Luan na mira. Mancini cansou de acomodação
O treinador apela para a derradeira estratégia, sonhando com vitórias e sua sobrevivência. Afastar jogadores. Sidcley foi o primeiro. Luan, na mira
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
A última cartada de Vagner Mancini.
O treinador sabe que suas chances são remotíssimas de seguir no Corinthians.
Os dois grandes favoritos à eleição no clube, marcada para daqui 28 dias, Mario Gobbi e Duílio Monteiro Alves, o desejam comandando o time.
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Mancini é consciente que tem um elenco fraquíssimo nas mãos. E precisa ao menos tentar garantir o caminho de volta para a Libertadores em 2021. Buscar a sexta colocação no Brasileiro.
Ele já mudou estrutura tática. Alterou a preparação física. Decidiu apostar no psicológico.
Mas a derradeira, o mais desesperado recurso foi usado com Sidcley.
Jogador de 27 anos, emprestado pelo Dínamo de Kiev. Ele teve uma excelente passagem pelo Corinthians em 2018. Foi vendido para a Rússia.
Retorno em fevereiro. Mudado, acomodado, com enorme dificuldade em entrar em forma. Se transformou em reserva do reserva, atrás de Lucas Piton e Fábio Santos. Desmotivado, sabe que será devolvido em dezembro.
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Entrou no jogo contra o América, na quarta-feira. E foi um dos envolvidos na falha do gol do time de Lisca Louco, que derrotou o Corinthians, no primeiro jogo das oitavas-de-final da Copa do Brasil, em pelo arena de Itaquera.
Mancini cobrou o grupo todo, ainda no vestiário.
E não gostou da postura de Sidcley, que considerou desinteressada.
Foi o gatilho para o vivido Mancini dar o choque. O afastou definitivamente do grupo. O lateral treinará separado até terminar seu contrato de empréstimo.
Mancini teve o aval de Andrés para tirar outros atletas que considerar acomodados do grupo.
Ele já deixou vazar que Luan iria ser fortemente cobrado. Acabou a paciência do treinador com o meia. Ele quer efetividade, disposição, luta. Chega de desculpa de adaptação.
Mancini conseguiu seu objetivo.
Os veículos de comunicação deixaram ainda mais pressionado seu grupo.
Os jogadores prometem já dar a resposta hoje, contra o Internacional, o líder do Brasileiro, em Itaquera.
A cartada é perigosa.
Porque o elenco corintiano não é acomodado.
É fraquíssimo tecnicamente.
Mas Mancini não tem o que fazer.
E vai tentar, apelando para o medo dos jogadores, novos resultados.
Que garantam ter chance de sobreviver.
Se o time seguir perdendo, novos atletas serão afastados.
Até que venha a eleição no Corinthians.
E Gobbi ou Duílio decidam o que fazer com Mancini...
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