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Cosme Rímoli - Blogs

Segundo tempo brilhante. E o Flamengo está na final do Mundial

Nervoso, o time de Jorge Jesus foi uma decepção na primeira etapa. Vitória por 1 a 0 do Al-Hilal. Mas, no segundo tempo, veio a consciência e a virada: 3 a 1

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Bruno Henrique, na cabeçada perfeita. Time funcionou só no segundo tempo
Bruno Henrique, na cabeçada perfeita. Time funcionou só no segundo tempo

São Paulo, Brasil

Como na final da Libertadores, o Flamengo teve de se reinventar na semifinal do Mundial de Clubes. 

Depois de um dos piores primeiros tempos sob o comando de Jorge Jesus, com o time completamente dominado pelos nervos e pelo Al-Hilal, e perdia o jogo por 1 a 0, veio a segunda etapa.

Diego Alves fez excelentes defesas, evitou o desastre maior.


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A equipe carioca sentiu a responsabilidade, a obrigação de vencer. E seus jogadores se irritavam diante da dificuldade, do plano tático muito bem montado pelo romeno Razvan Lucescu.

4-5-1, com muita vibração, foco.


Principalmente Gabigol, que jogou muito mal. Afobado, egoísta, irritado.

Outro ponto fraco foi o lado esquerdo.


Filipe Luís e Marí deixavam muito espaço para os árabes. 

Willan Arão esteve perdido, sem saber a quem marcar, como se movimentar. Além de errar passes fáceis.

Mas bastaram 15 minutos do intervalo para o português consertar o time. Muito mais compacto, vibrante e objetivo, como foi em todo o Brasileiro e na Libertadores, o Flamengo se impôs.

E conseguiu outra virada histórica, em Doha, no Qatar.

Arrascaeta, Bruno Henrique e Al-Bulayhi, contra, determinaram o placar de 3 a 1.

O Flamengo está na final do Mundial depois de 38 anos.

Espera o vencedor de Liverpool e Monterrey, que se enfrentam amanhã.

O Al-Hilal teve a vitória à disposição no primeiro tempo. 1 a 0 foi pouco
O Al-Hilal teve a vitória à disposição no primeiro tempo. 1 a 0 foi pouco

Bruno Henrique mais uma vez foi o grande jogador da partida.

"A gente viu o jogo deles e vimos que no segundo tempo, eles caíram de rendimento. O Mister falou para não baixar a intensidade que o time deles iria cansar. E foi o que aconteceu", disse o atacante, minimizando sua decisiva participação na vitória.

Ele fez a assistência para o gol de empate, de Arrascaeta.

Marcou o segundo.

E deixaria Gabigol com o gol vazio para fazer o terceiro, Al-Bulayhi não deixou. E, desesperado para tentar cortar outra assistência perfeita, marcou contra. 

Mas o jogo deixou muitas lições.

A primeira delas é que, se o Flamengo repetir os erros, será derrotado na final. Principalmente se o adversário for o Liverpool.

A falta de compactação, a insegurança na saída de bola e a marcação frouxa proporcionaram o domínio do Al-Hilal no primeiro tempo.

Tivesse o time campeão da Liga Asiática mais tranquilidade nos arremates, poderia terminar o primeiro tempo vencendo por dois ou três gols de vantagem, tantos foram os erros do Flamengo. 

Arão e Gerson, jogadores-base do sistema de marcação e homens que iniciam a saída de bola da defesa para o meio de campo, tiveram fraca atuação.

O time carioca tinha a posse de bola longe do gol. E era lenta, sem objetividade.

Os jogadores do Al-Hilal, verdadeira legião estrangeira, tinham espaço para infiltrações com a bola dominada ou trocarem passes.

Como aconteceu no gol de Salem Al-Dawsar, aos 17 minutos de jogo. Giovinco, livre, serviu para o lateral Al-Buryak, também solto, cruzar para o chute forte de Al-Dawsar, que ainda desviou em Pablo Marí.

O sofrimento de Jorge Jesus com o péssimo início do Flamengo
O sofrimento de Jorge Jesus com o péssimo início do Flamengo

O Flamengo não estava preparado para dificuldades. Sair atrás do placar. Com seus volantes muito mal. Assim como Filipe Luís.

E os árabes tiveram o lado psicológico a favor. Além de estarem muito bem distribuídos em campo.

O pecado mortal foi desperdiçar a chance de marcarem mais gols. Diego Alves teve outra grande participação.

Jorge Jesus havia montado o Al-Hilal, antes de trabalhar no Flamengo. Conhecia características fatais dos árabes.

A falta de preparo físico.

E o fim do foco, caso sofressem o empate.

Foi exatamente o que aconteceu.

Os jogadores do Flamengo se aproveitaram de sua maior força, resistência.

E imprimiram um ritmo sufocante para os árabes.

A confiança mudou de lado com o gol de Arrascaeta. O jogo era outro
A confiança mudou de lado com o gol de Arrascaeta. O jogo era outro

Logo aos três minutos, em jogada mais do que ensaiada e colocada em prática no Brasileiro, Gabriel encontrou Bruno Henrique livre. Ele invadiu a área e deixou Arrascaeta livre para empatar.

Com o 1 a 1, o Al-Hilal desabou.

Jorge Jesus acertou em cheio ao tirar Gerson e colocar Diego. Mais ofensivo, o meia foi fundamental na virada.

Diego descobriu Rafinha livre. O lateral cruzou e Bruno Henrique, como um raio, virou o jogo, aos 32 minutos.

O time árabe já estava escancarado, quando seis minutos depois, Diego descobriu Bruno Henrique que invadiu a área. Iria dar o gol para Gabigol. Mas Al-Buryak fez contra.

Festa, vibração.

Festa após a semifinal. Mas os erros foram muitos e graves
Festa após a semifinal. Mas os erros foram muitos e graves

Flamengo na final do Mundial, depois de 38 anos.

Mas passando por um sufoco desnecessário.

Se repetir o primeiro tempo, na final de sábado, não consegue o título.

Cabe a Jorge Jesus consertar os erros.

Que foram muito preocupantes...

Veja melhores imagens de Flamengo e Al-Hilal pela semifinal do Mundial

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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