Se tornar chinês e disputar a Copa. Por isso, Goulart se foi
A passagem de cinco meses de Ricardo Goulart no Palmeiras está explicada. Aeitou se naturalizar e jogar pela seleção chinesa. E receber R$ 100 milhões
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Cinco anos de contrato.
R$ 20 milhões por temporada.
R$ 100 milhões no total.
Na prática, 70% de aumento do Guangzhou Evergrande.
Isso para um jogador que, daqui quatro dias fará 28 anos.
Proposta excepcional.
Mas havia mais, que a cúpula palmeirense sabia.
E se calou.
A volta repentina de Ricardo Goulart à China vai além do dinheiro.
Ele tem a possibilidade real de se naturalizar e disputar a Copa do Mundo de 2022.
O jogador, que é muito amigo de Luiz Felipe Scolari, recebeu o apoio do treinador para deixar o Palmeiras. O conselho do técnico foi para não virar as costas para esta oportunidade.
Goulart entendeu nos cinco meses que esteve no Palestra Itália. Não está na mira de Tite para a Seleção Brasileira.
E decidiu que seu sonho de disputar um Mundial só poderia ser pela China.
O treinador italiano Marcello Lippi assumiu a direção técnica do selecionado oriental. E chegou à conclusão que precisa de alguns jogadores naturalizados para ter um time forte, com potencial de chegar até o Qatar.
Lippi escolheu Ricardo Goulart, o inglês Tyias Browning peruano Roberto Siucho e o também brasileiro Elckson.
Goulart apenas disputou amistosos com a Seleção, nunca fez partidas oficiais, daí a possibilidade de se naturalizar chinês.
Há outra exigência para a naturalização: ter atuado cinco anos na China. Ricardo Goulart alcancará esse tempo no final deste ano.
A 'correria' de Goulart para voltar está mais do que explicada.
Era uma chance única.
E irrecusável.
Todos os jogadores e a Comissão Técnica do Palmeiras sabiam.
Mas resolveram respeitar e se calaram.
A notícia vazou na imprensa chinesa.
E a passagem-relâmpago de Goulart está explicada...
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