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São Paulo dormiu sonhando com Marcos Leonardo. Frustrado, acordou com Rigoni

Al-Hilal não cedeu. Não aceitou pagar o salário de R$ 5,1 milhões para Marcos Leonardo jogar no São Paulo. Sonho de Crespo fracassou. Como compensação, ganhou Rigoni. O argentino sim foi emprestado de graça

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Marcos Leonardo tentou convencer direção do Al-Hilal a emprestá-lo. Resposta foi não, apesar da insistência do São Paulo Reprodução/X/Al Hillal

Foi a novela mais longa.

E com enredo previsível: frustrante.

Pessoas muito influentes do São Paulo foram tenazes.

Há 15 dias passavam ‘notícias exclusivas’ a seus veículos de comunicação prediletos.


O tema era o mesmo, fantasioso.

A garantia que Marcos Leonardo seria contratado por empréstimo, até o final do ano.


Misturando fantasia, desejo com fuga da realidade, acreditavam que o jogador que o Al-Hilal pagou 40 milhões de euros, cerca de R$ 254 milhões, seria emprestado por três meses, até o final de dezembro.

O grande trunfo para cimentar essa ‘notícia’ era que o atacante ‘sempre foi são—paulino’ e que tem fotos como criança com a camisa tricolor.


E esse delírio foi comprado por muitos como verdade absoluta.

Foi assim por dias e mais dias, se aproximando, perigosamente, o fechamento da janela.

“Agora, vai.”

“Não tem erro.”

“Os árabes não têm como dizer ‘não’.”

“O Marcos Leonardo é ‘porreta’, disse que vem de ‘qualquer jeito’ para o São Paulo.”

“Fernando Brito, empresário do jogador, está irredutível com a direção do Al-Hilal. Ele também quer o atacante no Morumbi.”

Essas foram algumas respostas que o dono deste blog ouviu.

Mas há na direção do São Paulo pessoas com bom senso e, que há anos são excelentes fontes, garantiram que o negócio era ‘impossível’.

E foi.

A janela fechou e Marcos Leonardo não saiu do Al-Hilal.

Não foi inscrito para disputar a Liga Saudita, por desentendimento com o técnico italiano, Simone Inzaghi. Mas o técnico vice-campeão da Champions League sabe que o brasileiro de 22 anos tem grande potencial.

E, principalmente, Mohammad bin Salman, príncipe herdeiro saudita, não está rasgando dinheiro. Por mais que tenha um patrimônio avaliado em cerca de R$ 160 bilhões.

O jornal saudita Aawasat confirmou a inscrição do brasileiro na Champions League Asiática.

Conselheiros do São Paulo ligados à situação disseram que os árabes fizeram exigências que o clube brasileiro não aceitou.

Insinuaram que o Al-Hilal pediu dinheiro pelo empréstimo.

O delírio foi desfeito.

Hernán Crespo terá de se contentar com outro atacante.

Muito mais modesto e que estava encostado no León, do México.

Esse sim, veio de graça.

Só pelo salário.

Rigoni estava 'encostado' no Leon, do México. Já tem 32 anos. E veio 'de graça' Reprodução/X/São Paulo

Se trata de Emiliano Rigoni.

Sim, ele mesmo.

Argentino que atuou pelo São Paulo entre 2020 e 2022.

Foi vendido em julho de 2022 para o Austin, clube norte-americano, por 4 milhões de dólares, cerca de R$ 21 milhões. De lá, foi para o León, do México.

Atuou 17 vezes na temporada passada, marcou um único gol e deu uma assistência. Nesta temporada, em sete partidas, entrou em campo uma vez apenas. Nada de gol ou assistência.

Aos 32 anos, dez a mais que Marcos Leonardo, assinou contrato de risco até o final do ano. Dependendo do seu desempenho, terá direito à renovação até o término de 2026.

Na prática, o São Paulo contratou mais um veterano, ao contrário do que a direção planejava.

Já que o clube gasta muito dinheiro com Oscar, que fará 34 anos daqui seis dias.

Com Lucas, 33 anos.

Com Calleri, que completará 32 anos daqui 20 dias.

Crespo sabe que o clube tem sérios problemas financeiros.

Deve mais de R$ 1 bilhão.

Só que a direção se nega a entregar o futebol à uma SAF.

A realidade bateu à porta de muitos iludidos que habitam o Morumbi.

O São Paulo sonhou com Marcos Leonardo.

Acordou com Emiliano Rigoni...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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