'Safado, vagabundo. Se não sair do Corinthians, vamos te matar.' Apesar das agressões e ameaças, Luan tem medo de prestar queixa
Luan segue muito assustado. Apesar do que sofreu no motel Caribe, sendo agredido e recebendo ameaças de morte, não quer prestar queixa. Os companheiros de time querem que preste. E a diretoria pressiona pela rescisão
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
"Safado, vagabundo!
"Se não sair do Corinthians, vamos te matar."
"Vou matar o Luan, vou matar vocês, aqui é da Gaviões."
"Fala que você vai sair do Corinthians".
"Tem que respeitar o Corinthians, cara..."
"Você está sugando o Corinthians".
"Aqui é Gaviões, cara...!!!"
Frases que constam do boletim de ocorrência, que relata que rojões foram soltos dentro do motel, enquanto um dos "torcedores" dava um "mata-leão", apertava o pescoço de Luan.
Depois, ele recebeu socos e pontapés.
De acordo com uma testemunha, foram sete agressores.
Um deles, armado.
Medo.
Luan, mesmo depois de arrancado à força do motel Caribe, onde estava com amigos e mulheres, e ter sido agredido, na madrugada de ontem, por membros das organizadas do Corinthians, está decidido a não prestar queixa.
Apesar de a Polícia Civil já ter identificado os suspeitos pela agressão.
Ao contrário de Willian e Cássio, que foram ameaçados de morte no ano passado, Luan entende que não está jogando. Apenas treinando e recebendo seu salário de R$ 800 mil. O que poderia irritar ainda mais os torcedores.
Os companheiros de time, no entanto, querem que preste queixa.
Para que não incentive novas agressões.
A diretoria está tentando uma nova conversa sobre rescisão.
Luan, a princípio, não quer.
Tem mais R$ 5,6 milhões a receber.
O ideal, na visão do jogador, seria novo empréstimo, para uma equipe fora de São Paulo.
O Corinthians aceita, mas desde que esse clube banque parte significativa dos R$ 800 mil.
Amigos de Luan têm recomendado que aceite um acordo e rescinda com o Corinthians.
A única certeza é que Vanderlei Luxemburgo não o quer no elenco...
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