Roubo de pulseira tirou Edílson da Copa? Parreira desliga o celular
O meia revela o motivo de não ter disputado a Copa de 1994. Uma pulseira de ouro foi roubada na concentração. E todos pensaram que foi ele
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
O celular de Parreira está desligado.
Desde ontem.
O treinador, que está às vésperas de comemorar os 25 anos do tetracampeonato mundial, tem motivo.
Ele não quer se expor na situação mais surreal da conquista.
Um roubo no vestiário da Seleção Brasileira.
De uma pulseira de ouro.
"Houve um episódio de roubo de uma pulseira de ouro na concentração. A culpa caiu em mim, mas todo mundo sabia quem tinha sido. O Parreira pagou do bolso dele e abafou o caso. Mas aquilo me tirou da Copa. Com todo respeito ao Paulo Sérgio, eu estava melhor."
A declaração foi de Edílson, ao Sportv.
Em um levantamento dos jogos e amistosos da Seleção que foi aos Estados Unidos, a última participação do meia-atacante foi contra a Alemanha, no amistoso de 17 de novembro de 1993, disputado na cidade de Colonia. A vitória foi germânica por 2 a 1.
A partir desse jogo, Edílson não foi mais chamado por Parreira.
Ele garantiu que tempos depois, encontrou um jogador da Seleção, ao acaso, em São Paulo. Esse atleta estaria usando a pulseira que foi roubada.
"Não pensei duas vezes, joguei o carro em cima do dele e falei: Acho que a gente sabe onde estava a pulseira, né?"
Esses foram os jogadores que participaram da partida.
Ronaldo, Jorginho, Márcio Santos (Mozer), Ricardo Gomes e Branco; Dunga, Raí (Válber), Zinho e Paulo Sérgio; Edmundo, Evair (Edílson).
Edílson segue sem querer falar o nome de quem teve o objeto de ouro roubado.
E muito menos quem roubou.
O celular de Parreira, que sempre atende aos jornalistas, segue desligado.
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.