Ronaldinho Gaúcho algemado. Vergonha para o Brasil
Com medo que um dos maiores ídolos do futebol brasileiro fugisse, por conta do passaporte falso, a justiça paraguaia o algemou. Constrangedor
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Foi constrangedor.
Para o futebol brasileiro.
Um dos maiores ídolos da história algemado.
As fotos e os vídeos dominam a mídia mundial.
Ele já dormiu preso.
Detido em uma delegacia paraguaia. Especializada em membros do crime organizado.
Ronaldinho e seu irmão Assis entraram no Paraguai com passaportes falsificados. Neles, os dois aparecem como sendo paraguaios naturalizados.
O crime pode levar até à cinco anos de prisão.
Porém, a tendência é que os dois sejam expulsos do país e paguem uma altíssima multa.
Tudo depende, porém da decisão da justiça paraguaia.
Uma camisa roxa escondia o par de algemas nos pulsos de Ronaldinho Gaúcho.
Eles passaram por um 'corredor polonês', repleto de jornalistas, cinegrafistas, fotógrafos.
"Bom dia, bom dia", balbuciou, constrangido, Ronaldinho.
Os irmãos foram dar novo depoimento no Palácio da Justiça, em Assunção.
A Polícia do Paraguai justificou as algemas porque acredita que os dois poderiam fugir para o Brasil, que não tem acordo de extradição envolvendo brasileiros natos.
Para piorar a situação a imprensa do país vizinho publicou.
Os advogados de Ronaldinho Gaúcho e Assis tentaram vetar a juíza Clara Ruiz Días. Ela é considerada muito rígida.
Mas o Ministério Público paraguaio não só recusou o veto. Como fez questão de escolher Clara Ruiz.
Foi para ela que os dois passaram a manhã e, até no início da tarde, seguiam dando seus depoimentos.
Assis, irmão de Ronaldinho, alegou ter uma doença cardíaca. Mas não mostrou documento algum. E, se a juíza determinar que a prisão dos dois continue, até terminar as investigações, não haverá liberação de Assis.
Os depoimentos não têm hora para acabar.
Mas a imagem inesquecível já está no mundo todo.
O melhor do mundo, por duas vezes, algemado.
Embaixador do turismo do Brasil, preso.
Vexame inimaginável...
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.