São Paulo, Brasil
Se Hernán Crespo não tivesse vencido o Paulista, estaria demitido.
Sem uma vitória nos nove jogos inicias do Brasileiro, o argentino já entrou para história do clube. Pelo pior início de qualquer campeonato que o São Paulo já disputou.
Mas o crédito acabou.
Com direito a vazar para a imprensa uma reunião em tom de cobrança, o presidente do São Paulo, Julio Casares, o diretor de futebol, Carlos Belmonte, o diretor-executivo, Rui Costa, e o coordenador de futebol, Muricy Ramalho, tiveram uma conversa franca com Crespo.
Mesmo mal recuperado de covid-19, o treinador foi cobrado.
E perguntado sobre o que precisa melhorar no elenco.
A desculpa do desgaste físico para a conquista do Paulista não convence mais.
A falta de confiança, doença crônica do time sob o comando de Fernando Diniz, parece ter voltado com toda força. Basta sofrer um gol que a equipe desaba psicologicamente.
Mesmo tendo ficado fora três partidas do comando do clube, por conta da covid, contra Ceará, Corinthians e Bragantino, seu auxiliar, Juan Branda, fez o que foi combinado com Crespo.
Para os dirigentes, o time relaxou, perdeu o foco depois da conquista da 'Copa do Mundo', como era chamado, internamente, o Campeonato Paulista, por conta do jejum de nove anos sem títulos.
O grande líder do time também foi obrigado a pensar em outra competição e não o Brasileiro.
Daniel Alves foi chamado, e teve a liberação, por parte de Casares, para a Olimpíada de Tóquio. O São Paulo não era obrigado a ceder seu capitão.
Foi uma atitude que Crespo não teve direito a veto.
Desde que foi convocado, o futebol de Daniel Alves caiu de forma impressionante.
A contusão muscular de Luciano é muito lamentada.
Assim como as lesões musculares de Miranda.
A esperança da diretoria, assim que o time venceu o Paulista, era de ter uma equipe muito forte, com toda a possibilidade de ser campeã brasileira, título que não é conquistado no Morumbi desde 2008. Jamais ter cinco pontos em 27 possíveis, na zona do rebaixamento.
Depois de três horas de conversa, Crespo entendeu perfeitamente que os dirigentes esperam a reação logo contra o Internacional, em Porto Alegre, na quarta-feira.
Em compensação, Casares disse que tentará trazer um novo fato, desviando o foco das críticas. E contratar o argentino Calleri. As conversas com ele estão muito adiantadas. O problema está nos investidores, donos de seus direitos, que usam o Deportivo Maldonado, do Uruguai, para legalizar a situação.
Com a péssima fase do time, jovens jogadores que poderiam atrair o mercado externo, como Gabriel Sara, Luan, Igor Gomes, não passam confiança a clubes europeus.
A situação do São Paulo é complicada...
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