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Cosme Rímoli - Blogs

Perder para o Palmeiras, de Leila. Jogar retrancado. A ira de John Textor. Os bastidores humilhantes da demissão de Renato Paiva, do Botafogo. Luís Castro é a primeira opção

Há uma semana, sete dias atrás, Textor dava beijos e abraçava Paiva, pela vitória contra o PSG. Dizia ser o treinador ideal para o Botafogo. Na madrugada de hoje, a demissão sumária. Luís Castro na mira

Cosme Rímoli|Do R7

Textor chegou a dizer que Paiva era o técnico ideal ao Botafogo. Sete dias depois, demissão sumária Vitor Silva/Botafogo

“Você é o técnico ideal para o Botafogo.”

Essas foram as palavras do bilionário John Textor ao português Renato Paiva, ditas em inglês, que o treinador domina.

A euforia era por causa da vitória diante do PSG, campeão da Champions League, por 1 a 0.

E Textor deu outro beijo, como já havia acontecido, diante das câmeras, no triunfo contra o Seattle Sounders.


Mas uma semana depois, nesta madrugada, mais precisamente, ao 25 minutos desde dia 30, o Botafogo anunciou a demissão do treinador.

A surpresa foi geral.


O time está classificado para as oitavas da Libertadores.

Oitavas da Copa do Brasil.


E ocupa a oitava colocação no Brasileiro, mesmo priorizando a preparação para o Mundial de Clubes.

Mas os detalhes do adeus começaram a vazar rapidamente nos Estados Unidos.

Textor ficou furioso pela maneira que o Botafogo perdeu para o Palmeiras.

A partida era importante para ele porque era mais um duelo contra Leila Pereira, a presidente do Palmeiras, e a única a desafiá-lo abertamente, defendendo a sua banimento do futebol deste país. Por desconfiar da idoneidade da conquista do Brasileiro, pelo time paulista, em 2023.

O bilionário sei irritou com a maneira defensiva que o Botafogo foi armado. E mesmo assim foi eliminado.

John Textor decidiu se afastar da presidência do Lyon. Ele acredita que, sua postura agressiva diante dos dirigentes da Direção Nacional de Controle e Gestão da Liga de Futebol Francesa, causou o rebaixamento do Lyon.

O clube francês terminou em sexto lugar, mas com dividas de mais de R$ 1 bilhão. A DNCG não aceita o ‘caixa único’ de Textor. Ou seja, seu dinheiro do grupo Eagle. O norte-americano chegou a vender parte que tinha do time inglês Cristal Palace. Só para se dedicar ao Lyon, Molenbeek (clube belga) e o Botafogo.

A Liga Francesa exigiu a garantia de 100 milhões de euros, cerca de R$ 650 milhões no caixa do Lyon, não no conglomerado Eagle, de onde Textor administra as equipes, para o clube não ser rebaixado. O norte-americano não conseguiu dar essas garantias. Mas recorre na justiça, buscando escapar da Segunda Divisão.

Ou seja, ele está completamente irritado, tenso.

E resolveu descontar em Renato Paiva.

Falando aos jogadores e à Comissão Técnica após a partida, Textor não poderia ser mais direto.

Mostrou toda sua desilusão e disse que o Botafogo precisava ter a maneira única de jogar.

E ela precisava ser ofensiva, dominante.

Não encurralada, buscando apenas se defender.

Estava claro o seu desapontamento.

Mas Paiva não imaginaria que chegaria à demissão.

E foi o que aconteceu ontem à noite, nos Estados Unidos.

A situação beirou o surreal.

Com o treinador português não acreditando na dispensa.

Quem o informou da decisão de Textor foi o diretor de gestão, Alessandro Brito.

Paiva ficou quatro meses no cargo.

23 jogos apenas, 12 vitórias, 3 empates e oito derrotas.

Ele herdou o time campeão da Libertadores e do Brasileiro de 2024. Mas com 14 saídas de atletas, entre elas, a de Luiz Henrique e de Almada.

Teve de montar nova equipe para o Mundial.

E com a cobrança forte de Textor.

O treinador, que se dizia ‘orgulhoso’ pela campanha do Botafogo, com duas vitórias e duas derrotas no Mundial de Clubes, ficou ‘chocado’ com sua demissão.

Textor garante que irá buscar um novo técnico que entenda o ‘Botafogo Way’, a ‘maneira Botafogo’, de jogar.

Buscando o ataque sempre.

O também português Luís Castro, que fez ótima campanha no mesmo Botafogo, e foi trabalhar no Al-Nassr, da Arábia é o primeiro nome estudado.

Os jogadores ficaram estarrecidos com a demissão.

Mas muitos também não concordaram da forma defensiva que o time jogou no sábado.

Queriam enfrentar o Palmeiras de igual para igual.

E não na defesa, até tomar o gol que eliminou o time do Mundial, na prorrogação...

Veja também: Bastidores da classificação do Palmeiras às quartas da Copa do Mundo de Clubes

Confira o melhor dos bastidores da vitória do Verdão na prorrogação por 1 a 0 sobre o Botafogo, pelas oitavas de final, na Filadélfia.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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