Palmeiras, ‘no suor’. Líder guerreiro deste Brasileiro. Virada empolgante contra o Bragantino. De time que não aceita a derrota
Com futebol pragmático, ‘feio’, mas objetivo, o time de Abel Ferreira conseguiu triunfo importante. A arrancada que o treinador queria até o início do Mundial está acontecendo. Com a vitória em Bragança, abriu quatro pontos do maior rival, o Flamengo. Líder absoluto
Cosme Rímoli|Do R7

A perspectiva não era nada boa.
O time já não tinha Abel Ferreira, suspenso mais uma vez.
Paulinho, poupado, Vitor Roque, com grave problema familiar, também não entraram em campo.
A partida era em Bragança Paulista.
Se o empolgado Red Bull Bragantino vencesse, seria líder do Brasileiro.
Saiu na frente, em um chute perfeito do volante Gabriel, na eterna ‘lei do ex’, aos 23 minutos do primeiro tempo.
O acanhado estádio Cícero de Souza indicava que viveria uma noite inesquecível.
O time jovem e ousado de Fernando Seabra parecia que conseguiria travar o Palmeiras.
Só que tudo não passou de mera ilusão.
Miragem.
Sem criatividade, mas lutando por cada metro quadrado, o time paulista não desistia.
E, em cinco minutos, veio a virada.
De maneira simbólica, nesta passagem histórica e vitoriosa de Abel Ferreira no Palmeiras.
Na cobrança de escanteio de Estêvão, Murilo cabeceou para o fundo do gol, aos 27 minutos do segundo tempo.
O gol tirou a confiança do time de Bragança.
E redobrou a palmeirense.
Cinco minutos depois, Luighi bateu forte para o gol, a bola resvalou na zaga e sobrou para Maurício.
O chute saiu forte: 2 a 1, Palmeiras, aos 32 minutos.
João Martins tratou de travar a intermediária.
Redobrar a marcação nas laterais.
Nervoso, o Bragantino não conseguiu organizar jogadas ofensivas que permitissem sonhar com o empate.
“Sabíamos que tínhamos a dificuldade de pegar uma equipe fresca (descansada) como o Bragantino.
“Tivemos dificuldades no primeiro tempo, mas no fim foi muito bom pelo trabalho, resiliência.
“Quando não dá na técnica, tem que ser na determinação, no suor”, resumiu, com sabedoria, o auxiliar João Martins, que foi o treinador no lugar de Abel Ferreira suspenso.

Ele foi tão pragmático que sequer colocou Raphael Veiga em campo.
Optou por manter uma equipe mais atlética, com maior fôlego, com maior poder de recomposição.
João Martins sabia o quanto seriam fundamentais os três pontos.
“Foi das vitórias mais difíceis que tivemos no ano.
“A intensidade e organização deles era muita.
“Não vi ainda, mas deve ter sido o jogo com mais passes errados nossos.”
As mudanças no intervalo foram importantes.
Facundo Torres não estava rendendo, Maurício entrou no seu lugar.
Como Luighi no lugar de Allan, mais defensivo.
Sim, mesmo assim, não houve coordenação.
Mas luta, gana, vontade.
O Palmeiras mostrou muito mais empenho que o bem organizado Bragantino.
“A gente tem muito mérito.
“O Bragantino é uma grande equipe, tem muita juventude, muito fôlego.
“Primeiro tempo foi complicado, mas a gente sabe como é o Palmeiras, a gente não desiste, é até o último segundo.
“Mostra a resiliência da nossa equipe”, resumiu, com muita felicidade, Maurício.
Ele é um dos símbolos desse Palmeiras, líder guerreiro, que orgulha sua torcida.
E já abriu quatro pontos de distância do seu principal rival em 2025: o Flamengo...
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João Martins destaca dificuldades sofridas pelo Palmeiras no primeiro tempo e a entrega na vitória por 2 a 1 sobre o Bragantino em Bragança Paulista.