Palmeiras fez história em La Paz.É líder e ainda recuperou Rony
Depois de 37 anos, um clube brasileiro derrotou o Bolívar, em La Paz. O Palmeiras é líder geral da Libertadores, com nove pontos. Rony fez ótima partida
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Foi uma façanha.
Há 37 anos, nenhum clube brasileiro vencia o Bolívar, nos cruéis 3.640 metros de La Paz.
Vitória histórica do Palmeiras, por 2 a 1, que isolou o clube na liderança do grupo B. As três vitórias nos três primeiros jogos dão também a liderança geral da Libertadores, nesta fase de grupos.
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O feito tem Vanderlei Luxemburgo como principal personagem.
Embora não tenha sequer chegado a uma final de Libertadores, nas oito que disputou, o treinador soube como usar sua vivência, experiência, dos 68 anos e 40 anos de carreira.
Ele não podia contar Luiz Adriano e Patrick de Paula, contundidos.
E soube como tirar proveito da vantagem do time boliviano estar há seis meses sem disputar uma partida por conta da covid-19.
Então tratou de apostar na velocidade de Rony.
Principal contratação do Palmeiras em 2020, mas que, desde que chegou no início do ano, não conseguiu repetir suas atuações no Athletico Paranaense.
Elas fizaram o clube investir R$ 28,5 milhões, em 50% dos seus direitos.
E até ontem, o jogador mostrou ansiedade, afobação, egoísmo, vontade desesperada de marcar seu primeiro gol pelo clube.
Mas diante do Bolívar, foi diferente.
"Na altitude, velocidade é importante, tanto é que ele, causou dificuldade o tempo todo.
"Tudo que aconteceu foi bem planejado", disse, sem modéstia, Luxemburgo, após a vitória.
E foi mesmo.
Toda bola despachada da defesa palmeirense buscava o atacante. A começar pelos chutões de Weverton. Rony se impôs, na velocidade, força. Conseguiu desequilibrar emocionante até os defensores do time boliviano.
A grande prova foi quando o atacante dominou a bola perto da linha de fundo, de costas para o gol de Javier Rojas e, de forma estúpida, infantil, o zagueiro Jusino o derrubou.
Pênalti que Willian cobrou com talento, aos 31 minutos do primeiro tempo.
O Palmeiras marcava muito bem, com intensidade, como os bolivianos não esperavam. Zé Rafael atuava bem mais recuado, ajudando Ramires e Gabriel Menino. Além de Raphael Veiga, outro acerto de Luxemburgo, mais participativo, puxando contragolpes, alternando lançamentos e arrancadas.
Marcos Rocha e Viña estavam firmes na marcação das beiradas do campo. Na frente, abertos e velozes, Willian e Rony.
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A bem da verdade, o time do Bolívar é fraco. Não há grandes talentos individuais por conta das dificuldades financeiras do clube para concorrer com brasileiros e argentinos, principalmente.
O Palmeiras compacto e veloz conseguiu anular os efeito nocivos da altitude.
E ainda aproveitou o ar rarefeito para marcar o segundo gol. Gabriel Menino mostrou personalidade ao repetir o que fazia nas categorias de base do Palmeiras.
Chutar fortíssimo da intermediária para o gol adversário.
Aos 15 minutos do segundo tempo, acertou um arremate belíssimo, impulsionada pelo ar rarefeito, a bola ganhou velocidade, tornando impossível a defesa do goleiro Rojas.
Ganhando o jogo por 2 a 0, Luxemburgo mandou seus jogadores dimuírem o ritmo por causa do desgaste físico, que já aparecia.
O Bolívar descontou com Riquelme, em uma bobagem da defesa palmeirense, que não o acompanho e ele cabeceou para as redes, aos 21 minutos.
Luxemburgo colocou um terceiro zagueiro, Vitor Hugo, no lugar de Willian. Com Bruno Henrique, o clube brasileiro ficou muito bem protegido, com sua intermediária fechada.
Segurou a vitória importantíssima.
Que dá confiança, autoestima.
Já são 15 partidas sem derrota.
Liderança geral na Libertadores.
E recuperação do já desacreditado Rony...
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