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Oscar avisa. Vai abandonar a carreira. Bilionário, não quis arriscar jogar com problema cardíaco. Ganhava R$ 2,3 milhões por mês. São Paulo já esperava

O meia de 34 anos confirmou o que a direção do clube já esperava. A aposentadoria do futebol. A família o pressionou para que não atuasse mais, depois do mal súbito que teve em outubro, motivado pelo esforço físico que expôs seu coração

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Oscar ficou em dúvida, fez inúmeros exames. Mas optou por parar Rubens Chiri/São Paulo

Foi uma decisão difícil.

Oscar fez inúmeros e detalhados exames no coração.


E decidiu parar de jogar futebol.

Mesmo tendo mais dois anos de contrato com o São Paulo.


Com cerca de R$ 62 milhões para receber.

Ele tem um salário de R$ 2,3 milhões.


Mas seu patrimônio é bilionário, ganhou muito dinheiro na carreira.

A família o pressionou para que abandonasse a carreira.


De acordo com pessoas ligadas ao departamento médico do São Paulo, os exames foram inconclusivos.

Ou seja, não estavam descartadas novas crises de síncope vasovagal, a perda transitória de consciência, por conta da diminuição da pressão arterial e dos batimentos cardíacos.

No dia 8 de outubro ele fez exame de força, em uma bicicleta ergométrica, e acabou desmaiando.

Teria ficado até sem pulso, por alguns segundos.

Como Oscar já havia demonstrado uma pequena alteração cardíaca em janeiro, médicos do hospital Albert Einstein acompanhavam os exames dos jogadores do São Paulo. E prestavam atenção maior no meia.

Daí o pronto atendimento e ele foi de ambulância ao hospital, onde ficou cerca de uma semana internado.

A postura da direção do São Paulo foi digna.

Avisou ao jogador que ele fizesse todos os exames que fossem necessários, levasse ‘o tempo que precisasse’.

Seguiria sendo jogador do clube e recebendo seus salários.

O meia atacante de 34 anos se submeteu a vários diagnósticos.

E eles teriam sido inconclusivos.

Ou seja, não havia segurança de que nada aconteceria ao seu coração se ele continuasse a jogar futebol, que está cada vez mais exigente fisicamente.

Daí a decisão pela aposentadoria.

O clube não foi avisado oficialmente.

Mas a decisão já está tomada pelo jogador e por sua família, depois de ter algumas opiniões médicas.

Tendo uma vida ‘normal’ os riscos estão controlados.

Pelo contrato, se Oscar decidisse sair do São Paulo, teria de pagar multa correspondente aos seus salários.

Mas já estava certo que se o motivo fosse o problema cardíaco, tudo seria feito de forma amigável.

Sem pagamento de qualquer multa.

A situação infelizmente já era esperada.

Os primeiros exames indicavam esse caminho.

E fora os problemas médicos, Oscar não conseguia jogar bem.

Ele se mostrava sem velocidade, arranques, dribles, o que é comum a qualquer atleta com 34 anos e com uma carreira muito intensa como teve.

Tanto Zubeldía quanto Crespo estavam insatisfeitos com seu rendimento.

Até mesmo o próprio jogador.

Em 21 partidas no ano, marcou apenas dois gols.

E deu cinco assistências.

Daí não haver um trauma maior com o final de trajetória.

O anúncio oficial deverá ser feito nos próximos dias.

Com direito a homenagem ao atleta, que ‘nasceu’ nas categorias de base do São Paulo...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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