"O sentimento é de ódio mortal." Técnico do Atlético sobre o Cruzeiro
Encontro entre o treinador e membros da organizada é pesado, tenso, constrangedor. Foi gravado e divulgado pelas redes sociais. Desnecessário
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
De forma até ingênua, o treinador do Atlético Mineiro, Rodrigo Santana, mostrou sua inexperiência.
No cargo, como substituto de Levir Culpi, há apenas cinco meses, ele se expôs em forma absurda, ao receber torcedores da organizada Galoucura, na Cidade do Galo.
No Centro de Treinamento, Santana, ao lado de Patric e Rever, falou o que os torcedores queriam ouvir.
Principalmente depois da eliminação da Copa do Brasil pelos maiores rivais.
Só que Santana não teve a preocupação óbvia.
Suas palavras, de ontem à tarde, foram gravadas.
E colocaram fogo no clássico de domingo, contra o Cruzeiro.
"O sentimento dos jogadores é de ódio mortal."
Esta frase resume o encontro.
O diálogo todo é constrangedor.
E o clima de guerra no Independência, amanhã, às 19 horas, pode ser cobrado do técnico.
Abaixo, uma parte da conversa.
Torcedor 1
"A gente veio trazer aqui a nossa vontade e nosso apoio."
Torcedor 2
"A gente tem que aproveitar também esse momento que os caras lá tá passando, entendeu? (sic) Aproveitar, ir pra cima deles, entendeu? Crescer em cima dessa oportunidade."
Rodrigo Santana
"A gente, por..., (trecho inaudível), e a gente acabou entregando aqueles gols.
"Não sei que por... que deu nos caras (mais um trecho inaudível).
"Pelo que estou sabendo, eles devem vir com o time titular.
"O bicho está pegando do outro lado.
"O sentimento dos jogadores aqui é de ódio mortal.
"Naquele jogo que a gente ganhou de 2 a 0 aqui, os caras entraram...
"Tinha nego que chorava no vestiário."
Torcedores
É isso que a gente quer. É só isso que a gente quer, é essa vontade, esse desejo mesmo, entendeu. Essa entrega.
Rodrigo Santana
"Estamos mordidos também.
"Tamo mordido.
"Tamo mordido também.
"Podem ter certeza disso..."
Foi sua promessa aos torcedores organizados.
Diálogo tão verdadeiro quanto triste...