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Cosme Rímoli - Blogs

O governo Putin liberta os invasores da final da Copa do Mundo

Depois de estragar a festa na segunda-feira, a Rússia liberou os quatro membros do Pussy Riot. Vitória do grupo que aproveitou os holofotes da final

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli


São Paulo, Brasil

O governo Putin acabou com a farra do grupo Pussy Riot. 

A imprensa internacional estava reunida para a saída dos quatro integrantes que invadiram a final da Copa do Mundo, em Moscou, na Rússia. 

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Pyotr Verzilov,Olga Pakhtusova, Veronika Nikulshina e Olga Kurashova tiveram de cumprir 15 de punição por dois crimes. O primeiro, usar uniformes oficiais da polícia russa como difarce para entrar no estádio Luzhniki, onde jogaram França e Croácia. E o segundo, a própria invasão, no segundo tempo da partida.

A intenção era protestar pela falta de direitos humanos na Rússia.


O presidente da Fifa, Gianni Infantino, a princípio, exigiu uma punição severa. Era a primeira vez na história que a final de um Mundial servia como palco para protestos.

O presidente Vladimir Putin também. Passou pelo vexame de ver a tão comemorada segurança da Copa do Mundo ser burlada. Por amadores. Ela foi organizada para tratar qualquer tentativa de atentado do sanguinário grupo Estado Islâmico.


Pyotr, Olga, Veronika e Olga tiveram livre acesso ao gramado. Disfarçados de guardas poderiam ter causado uma tragédia, caso fossem membros do Estado Islâmico. Poderiam ferir Putin e os jogadores finalistas do Mundial, já que circularam livremente, sem serem incomodados, até a invasão.

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Os enviados do R7 à Copa, André Avelar e o autor deste blog, passaram a madrugada do domingo dia 17 de julho, na delegacia de Luzhniki, acompanhando com exclusividade, o desfecho do caso. Entrevistamos o advogado do grupo e André filmou, com o celular, os invasores.


A polícia russa como ainda não havia a sentença definitiva, e eles estavam apenas detidos, permitiu que os quatro saíssem de suas celas para fumar. Foi quando foram filmadas por Avelar, enquanto eu escrevia o texto, naquela às cinco da manhã, em Moscou.

A expectativa era de um longo período de prisão.

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Mas tanto Infantino quanto Putin recuaram. 

Perceberam que qualquer punição exemplar, seria um 'tiro no pé'. Como a de dois anos que membros do mesmo grupo Pussy Riot sofreram, por gravar uma clip cantando 'oração punk', no altar da igreja Cristo Redentor, contra Putin. 

Afinal, uma das grandes intenções da Copa era mostrar ao mundo uma imagem simpática da população e do governo russos. 

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Por pura pressão, a punição foi de apenas 15 dias, como havia me antecipado o representante dos Direitos Humanos em Moscou, Ivan Melnikov. 

Eles ficaram 15 dias na Corte Khamovnichesky.

A sentença terminou na segunda-feira, dia 30.

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Representantes de agências internacionais e de importantes revistas europeias e norte-americanas os esperavam.

Havia uma festa armada pelos membros do Pussy Riot. 

Só que ao deixar a Corte já sorrindo e pronto para comemorar o sucesso da operação, o grupo foi detido novamente. Sem dar chance de entrevistas ou festa.

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Foi definida uma nova detenção por violação às normas de organização de protestos e realização de comícios. Há a necessidade na Rússia, de aviso prévio de protestos.

A intenção foi estragar a farra.

Os membros do Pussy Riot foram detidos por mais dois dias.

Saíram ontem, depois de pagar multa.

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Mas precisam comparecer à Corte Khamovnichesky nos próximos 25 dias.

E os quatro estão proibidos de irem a eventos esportivos por três anos.

Além dessa 'pena leve', o Tribunal de Direitos Humanos da Europa, condenou no mês passado o governo russo. Obrigou que pagasse indenização a Mariya Alekhina, Nadezhda Tolokonnikova e Yekaterina Samutsevich. Elas ficaram presas cinco meses antes da senteça definitiva pela 'oração punk' na igreja, em fevereiro de 2012.

O Pussy Riot festeja nas redes sociais.


Sabe que conseguiu seu intento.

Chamou a atenção do mundo.

Usou os holofotes da final da Copa a seu favor.

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Mas o planeta percebeu também o óbvio.

A repressão na Rússia não é mais a mesma.

O governo segue rígido.

Mas nem tanto.

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