O fracasso de Ganso no Flu. Estados Unidos pode ser a saída para 2020
30 jogos. Quatro gols. Nenhuma assistência para o jogador que veio para ser o 'maestro' do time. Clube não quer pagar R$ 400 mil ao meia em 2020
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
30 jogos, quatro gols.
Nenhuma assistência.
Triste estatística para quem foi apresentado como 'maestro'.
Contrato de cinco anos.
R$ 300 mil até fevereiro de 2020.
A partir daí, R$ 400 mil.
Mesmo com o teto nas Laranjeiras sendo de R$ 150 mil.
Além dos 50% dos seus direitos, na vinda do Sevilla.
Os 20 mil torcedores que o esperaram no aeroporto, e o trataram como uma entidade enviada dos céus, desapareceram.
Nas partidas, cada vez mais decepcionantes, vaias, palavrões.
A um mês de completar 30 anos, Paulo Henrique Ganso vive outra enorme crise na carreira.
Assim como foi sua pífia passagem no futebol europeu.
Ele enriqueceu, mas regrediu como jogador.
Tentou voltar ao São Paulo, mas o clube não quis.
O Fluminense acabou sendo a opção entre os grandes do país.
Ele veio sem a recomendação do ex-treinador Fernando Diniz.
Estava claro que um meia lento não combinaria no esquema dinâmico, de muita intensidade, que era adotado no Fluminense.
Assim com o futebol é adotado na Europa há pelo menos dez anos.
O clube das Laranjeiras está na zona do rebaixamento.
Tem R$ 639 milhões em dívidas.
Acaba de vender Pedro, sua grande revelação nos últimos anos.
Para não atrasar os salários dos jogadores.
Inclusive de Paulo Henrique Ganso.
Acabou a idolatria não só da torcida.
Como da diretoria.
Está claro que o sacrifício, o investimento para ter um 'ídolo' não compensou.
Até o veterano Oswaldo de Oliveira, com seus esquemas táticos simples, não consegue encontrar um lugar para Ganso.
Por isso, o técnico o tem substituído constantemente.
O que provocou a reação dos outros atletas, que adoram Paulo Henrique, realmente, que tem sido um líder positivo, apesar do fraco futebol.
Nos treinamentos é quem mais se aplica.
Só que o resultado não se mostra no gramado.
Sendo rebaixado ou não, o jogador tem sido caro demais.
E não apenas não virou ídolo.
Mas motivo de irritação, raiva da torcida.
Mesmo não investindo na sua compra, não pagando um centavo para o Sevilla, diante das circunstâncias, Ganso não deu certo.
Não há lógica em ainda dar um aumento em 2020.
Passar a pagar R$ 400 mil mensais ao meia.
Não será surpresa se, ao final do Brasileiro, ele vá jogar nos Estados Unidos.
Seu agente, Giuseppe Dioguardi, tem ótimos contatos naquele país.
Foi para onde enviou o polêmico atacante Kleber. Ele joga no Austin Bold FC, equipe do Texas, que disputa a USL, Segunda Divisão.
Nestes sete meses de Laranjeiras, ele não é nem sombra do que todos esperavam.
Principalmente os 20 mil que o buscaram no aeroporto.
E o carregaram nos ombros...