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Cosme Rímoli - Blogs

Arábia por R$ 860 milhões. A rica e vexatória saída de Neymar da Europa. Luis Enrique e Xavi não o quiseram no PSG e no Barcelona

Luis Enrique e Xavi, ex-companheiros de Neymar, não o quiseram no PSG e no Barcelona. A saída foi acertar com o Al-Hilal, de Jorge Jesus, na Arábia. PSG está fechando a venda. Saída frustrante da Europa

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

PSG e Barcelona não o quiseram. Nem outros grandes europeus. A saída de Neymar foi acertar com a Arábia
PSG e Barcelona não o quiseram. Nem outros grandes europeus. A saída de Neymar foi acertar com a Arábia

São Paulo, Brasil

Como o blog vinha informando, era difícil demais; por mais que abrisse mão de muito dinheiro, o Barcelona rejeitou a volta de Neymar.

A saída constrangedora foi mesmo se acertar com a Arábia Saudita.

Fechar com o Al-Hilal, de Jorge Jesus, por duas temporadas.


Esquecer a Europa.

Depois, em 2025, ir para os Estados Unidos ou voltar para o Brasil.


Realizar seu sonho de atuar no Flamengo, o que seus "parças" sabem muito bem.

Para jogar na Arábia, uma grande compensação financeira: R$ 860 milhões, 80 milhões de euros por temporada, são 160 milhões de euros por dois anos.


Para o PSG, o Al-Hilal oferece 60 milhões de euros, R$ 322 milhões. Triste desvalorização, já que o clube francês pagou 222 milhões de euros pelo brasileiro, dinheiro equivalente a R$ 1,1 bilhão.

Dois ex-companheiros de Barcelona puseram fim à aventura de dez anos de Neymar na Europa.

Luis Enrique, que foi seu treinador na Catalunha, o quis fora do PSG. Não teve a mínima vontade de comandar o brasileiro, por não confiar nas suas ausências, detestar suas simulações, não querer o péssimo clima que ele criava no clube francês.

Enrique sabia que Neymar mudou. Não era o mesmo jogador "de grupo", que seguia a rigorosa cartilha de comportamento do Barcelona.

E não o quis. Não o escalou na estreia do PSG no Campeonato Francês, ontem, no Parque dos Príncipes. Foi um lastimável 0 a 0 contra o Lorient, mas não houve uma comoção por Neymar. Muito pelo contrário. Ele foi tratado pela mídia francesa como ex-jogador do time de Paris.

E houve um cúmplice fundamental, que desejava encerrar de vez a tumultuada e fracassada passagem de Neymar por Paris: Mbappé.

A estrela francesa conseguiu acabar com a "panela sul-americana" que não conseguiu o principal objetivo do clube bilionário. Sob a anuência do diretor Leonardo, Neymar cometeu uma série de abusos, farras intermináveis, viagens para recuperação de lesões, que levavam mais tempo do que o clube francês esperava.

Cristiano Ronaldo é a estrela do Al-Nassr. R$ 1 bilhão por ano. Até junho de 2025
Cristiano Ronaldo é a estrela do Al-Nassr. R$ 1 bilhão por ano. Até junho de 2025

Daniel Alves foi um escudo. Thiago Silva outro. Mas o mais forte e que atrapalhou o brilho de Mbappé foi Messi. Quando Leonardo foi mandado embora, trocado pelo português Luis Campos, o espaço de Neymar acabou.

Junto com o fracasso nas cinco Champions League, Neymar estava acompanhado dos vexames da seleção brasileira na Rússia e no Catar. Ele perdeu status de jogador vencedor, com capacidade para ser o melhor do mundo.

As torcidas organizadas e a mídia francesa passaram a detestar Neymar por seu comportamento de estrela e por sempre lembrar quanto era feliz em Barcelona. O brasileiro chegou no ano passado a oferecer dinheiro seu para ir atuar na Catalunha. Só que ele não percebia ou fingia não perceber que não era mais desejado no clube que ama.

Ele já mantinha a fama de "traidor" por ter aceitado que o PSG pagasse sua multa rescisória e nem consultasse a direção do clube espanhol.

Mesmo assim o presidente Joan Laporta aceitava negociar. 

Mas Xavi disse não.

Como o blog vem noticiando há dias, o treinador era o principal obstáculo. Ele foi companheiro de clube de Neymar e também percebeu como o comportamento egocêntrico do jogador aflorou no PSG e na seleção brasileira, com a submissão dos treinadores do clube e, principalmente, de Tite.

Xavi assumiu não querer Neymar no seu time.

O pai e empresário do jogador percebeu a situação.

E decidiu que não iria se humilhar, desgastar a imagem do filho rejeitado pelo Barcelona.

Assim como pelo PSG.

Frio, tratou de ir para a Arábia Saudita negociar a proposta do Al-Hilal. 

Conseguiu fechar a negociação ontem.

E a imprensa do mundo todo já divulga o acerto.

O francês Benzema apresentado ao Al-Ittihad. R$ 536 mi por temporada
O francês Benzema apresentado ao Al-Ittihad. R$ 536 mi por temporada

O mais difícil já foi fechado.

O acordo entre o clube árabe e o jogador.

Basta agora o Al-Hilal se acertar com o PSG. A diretoria está mais do que convencida que é hora de se livrar, de vez, de Neymar. Nada de empréstimo, chegou a hora de cortar os laços, diante da enorme decepção que foi a passagem do brasileiro pelo clube.

A família real catariana, que domina o clube, acreditava piamente que havia contratado o melhor do mundo. Por isso o transformou em jogador mais caro do planeta. Desde 1917, nenhum clube gastou tanto dinheiro em um atleta. 

A imprensa e as torcidas organizadas do PSG logo se cansaram dos abusos, das noitadas, das farras, da exigência de recuperar suas contusões no Brasil, das simulações, das discussões com os árbitros que acabavam em expulsões infantis.

Das provocações aos adversários, que muitas vezes custavam lesões, pontapés completamente desnecessários. Do individualismo, da falta de perfil coletivo, que sabotava o vestiário do PSG.

Ele queria no PSG os privilégios que tinha na seleção brasileira, principalmente com Tite. Mas bateu de frente com Mbappé, a maior estrela francesa, que foi campeão do mundo, na Rússia.

Qualquer problema mais grave e no início das últimas três temporadas, Neymar acenava com sua vontade de voltar para o Barcelona.

Só que o clube catalão foi se desanimando cada vez mais.

O amor foi diminuindo, pelo comportamento de Neymar no PSG e na seleção. Não era esse jogador egocêntrico que havia conquistado a torcida, a diretoria, os companheiros do Barcelona.

Daí Xavi ser absolutamente contra nesta maior chance de retorno.

De nada adiantou a postura de o presidente Joan Laporta estar disposto a tentar contornar os problemas financeiros do clube pelo brasileiro. Xavi foi firme, optou pelo bem-estar do grupo. E vetou Neymar.

Xavi nunca foi próximo de Neymar no Barcelona. E não aceitava o seu comportamento no PSG
Xavi nunca foi próximo de Neymar no Barcelona. E não aceitava o seu comportamento no PSG

Laporta chegou a acenar com 39 milhões de euros por um contrato de R$ 209 milhões, por três anos, a Neymar. Proposta absolutamente mais baixa que a do Al-Hilal. Mas ela foi retirada por causa da intransigência de Xavi.

Uma pena para o jogador e seu pai que a janela do futebol americano tenha sido fechada. Porque Messi tinha interesse em levá-lo ao Inter Miami, que já conta com dois ex-companheiros do Barcelona, Jordi Alba e Busquets. Lá a cobrança do treinador argentino Tata Martino não se compara à do PSG ou do Barcelona. A Liga Americana é muito fraca em relação à elite europeia.

Neymar está sendo contratado pelo Al-Hilal, que fracassou na tentativa de ter Messi. O Al-Nassr tem Cristiano Ronaldo, o Al-Ittihad tem Benzema; faltava uma estrela midiática no clube de Jorge Jesus, daí a busca pelo brasileiro.

A Fifa, que é responsável pelo prêmio The Best, leva em consideração a Champions ou a Copa do Mundo. A France Footbal, a Champions.

Ou seja, a nova-rica Liga Árabe não terá o melhor do mundo.

Neymar pode esquecer este sonho que o tirou do fabuloso Barcelona de 2017.

Ele plantou e agora colheu.

Aos 31 anos e meio vai ficar ainda mais bilionário.

Mas ele sabe que poderia ter sido um jogador muito mais importante.

Ele mesmo travou sua carreira, que poderia ser inesquecível na história do futebol mundial.

Viu as portas dos gigantes europeus se fecharem a ele.

Porque, além do Barcelona, nenhuma grande equipe da Inglaterra, da Itália, outra equipe da Espanha, da Alemanha quis os problemas que acompanham seu futebol.

Sobrou o Al-Hilal.

A responsabilidade por esse encaminhamento de fim de carreira de Neymar é do jogador.

Com a cumplicidade de seu pai.

"Eu não vejo ele mimado dentro de campo. Não vejo ninguém protegendo o Neymar dentro de campo. Ninguém passando a mão na cabeça dele. O que é ser mimado desportivamente?

"O Neymar é um jogador mimado? Não.

"O Neymar é um filho mimado. E se ele é mimado pelos pais, amém. Eu vou mimar meu filho. Tenho meu direito. Você, como pai ou como mãe, eu tenho certeza, vai mimar seu filho. Eu vou mimar o meu", assumia o pai e empresário.

E mimou.

Neymar vai parar na Arábia por causa dessa gestão de carreira.

Bilionário, mimado e longe do centro do futebol mundial.

A Europa...

Neymar pode comprar a taça da Copa e pagar multas do 'lago da discórdia' com salário do Al-Hilal

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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