Nervos, e o fraco Olimpia, eliminam o endividado Inter da Libertadores
O Inter, com dívidas de R$ 595 milhões, jogava no Beira-Rio, contra o limitado Olimpia. Dominou o jogo. Finalizou 19 vezes. Perdeu pênalti. Foi eliminado diante da equipe que havia vencido por 6 a 1
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
Domínio total da partida.
19 finalizações.
Bola na trave.
Pênalti perdido pelo jogador que não havia desperdiçado nenhuma das 14 cobranças anteriores.
0 a 0 durante os 90 minutos de jogo.
Derrota na decisão por pênaltis, 5 a 4, com o atacante privilegiado no esquema tático, e que adora provocar rivais, batendo seu pênalti longe do gol.
E o Internacional está eliminado da Libertadores de 2021, em pleno Beira-Rio.
Caiu diante do Olimpia, clube paraguaio que vive grande crise financeira, que conta com um elenco limitadíssimo, e que havia sido derrotado pelo mesmo clube gaúcho, por 6 a 1, na fase de grupos.
O Olimpia sobreviveu e enfrentará o Flamengo nas quartas de final.
"Foi um golpe duro. Tínhamos muita vontade de avançar. Foi um golpe duro, que teremos que superar. A próxima coisa que temos que fazer é preparar para o próximo jogo. Pensar apenas nisso."
"Acontece, né? É difícil quando perdemos tantas situações, até o pênalti. Futebol é assim. Às vezes, chuta uma e consegue. Hoje tivemos mais de 10 situações para fazer e lamentavelmente não aconteceu", dizia, sem explicar, o técnico Diego Aguirre.
Na verdade, Aguirre tratou de poupar seus atletas. Nervosos, tensos, irritadiços, sentiram a responsabilidade de vencer, classificar o clube, diante de um adversário que sabiam ser muito inferior tecnicamente.
O treinador Sergio Ortemán tratou de montar seu time defendendo, lutando no 4-5-1, sonhando com um empate. Estava claro que a atitude dos paraguaios era levar a disputa da vaga para os pênaltis.

O Internacional lutou, pressionou, atacou em bloco. Marcou por pressão a saída de bola do Olimpia. Criou e perdeu uma sucessão de chances. O goleiro Aguilar fez pelo menos três grandes defesas.
E a maior deles foi aos 23 minutos do segundo tempo e que feriu de morte o psicológico dos jogadores colorados.
Salazar derrubou Taison na área. Pênalti claro, aos 20 minutos do segundo tempo.
Aos 23 minutos, Edenilson foi para a cobrança. Ele não havia perdido nenhum dos 14 pênaltis que cobrou pelo Internacional. Seus companheiros tinham a certeza que marcaria. Ele foi para a bola da mesma maneira sorrateira, olhando para Aguilar, diminuindo a passada, prestando atenção para onde seu corpo estava se preparando para pular.
Só que o paraguaio havia decorado a maneira de Edenilson cobrar. E não foi para canto nenhum, esperou. O que desconcentrou o colorado. A cobrança veio lenta, alta no meio do gol. Aguilar que havia se deslocado para a esquerda, esticou a mão direita e defendeu a cobrança.
O que foi um trauma para todo time do Internacional. E um banho de confiança para o Olimpia. A partir daí, os paraguaios ficaram mais firmes para segurar o 0 a 0.
Nas cobranças de pênaltis, Edenilson foi o primeiro a bater e cobrou forte, sem chance para Aguilar. A disputa ficou empatada em quatro a quatro, com oito cobranças perfeitas.
Até que Galhardo, que foi privilegiado, jogou como queria, livre na frente, ao contrário de Yuri Alberto que atacou e teve de correr atrás de Salazar, marcar, fechar a intermediária, foi para a cobrança.
E o jogador que adora provocar adversários, nervoso, bateu o pênalti por cima, longe do gol. Coube a Derlis González bater no meio do gol e o Olimpia saiu classificado do Beira-Rio, 5 a 4.
O resultado é terrível para as finanças do clube.

A dívida do Internacional já é de R$ 595 milhões. E a direção tinha esperança que o clube pudesse ir longe na Libertadores, não cair nas oitavas-de-final.
Com o clube também fora da Copa do Brasil, eliminado pelo Vitória, só resta o Brasileiro, onde está na 13ª posição.
O clima é desalento no Beira-Rio.
A diretoria tentará fazer dinheiro vendendo jogadores.
O time de 2021 que perdeu também o Gaúcho já demonstrou.
Não deu certo.
E deixou a Libertadores para um time muito pior...
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