Mano poupa seis. Arrisca briga pelo título. Para ganhar do Corinthians
Treinador do Palmeiras, na ânsia de mostrar não ter mais elo com o Corinthians, poupa seis jogadores contra o Vasco. Pensou nele e não no clube
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Mano Menezes sabe.
Ele trabalha com enorme oposição no Palmeiras.
Sua ligação umbilical com o Corinthians incomoda conselheiros importantes da situação e da oposição.
O presidente do Conselho Deliberativo, Seraphim del Grande, admite publicamente não gostar do trabalho do treinador. E foi contra a escolha do seu nome para substituir Felipão.
O Palmeiras trocou de técnico mas segue vencendo sem convencer. A diferença é que com Scolaria, o time insistia nas ligações diretas, chutões. Com Mano, o time tem a posse de bola mas ela é inócua, sem objetividade.
O time tem vencido sem convencer.
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Diante desse quadro, o que decidiu o técnico para o jogo de hoje, contra o Vasco, em São Januário?
Poupar seis jogadores fundamentais: o goleiro Weverton, o lateral-direito Marcos Rocha, o zagueiro Vitor Hugo, o lateral-esquerdo Diogo Barbosa, o volante Bruno Henrique e o meia-atacante Gustavo Scarpa.
Eles nem foram relacionados para o jogo, não ficarão na reservas.
Felipe Melo já não entraria em campo por estar suspenso.
Por que Mano teve essa atitude tão radical, com o time ainda brigando pelo título brasileiro, com 7% de probalidade?
Porque o técnico quer vencer o Corinthians, sábado, no Pacaembu.
O treinador deixa claro que nem ele acredita na conquista do Brasileiro.
E que o peso maior é a sua sobrevivência no cargo mostrando que não tem mais nenhum elo com o Corinthians, onde passou quatro anos de sua vida.
Mauricio Galiotte e Alexandre Mattos dizem que as decisões técnicas, como escalar e poupar jogadores são todas do treinador.
Mas se o Palmeiras não vencer o frágil Vasco, Mano que se prepare. Será muito questionado pela escolha que fez.
Principalmente com o líder absoluto do Brasileiro e finalista da Libertadores, Jorge Jesus, mostrando que revezamento neste país é absolutamente exagerado.
O velho Luxemburgo agradece...
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