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Lucas faz da festa de sua volta um filme de terror. A estrela cometeu pênalti bobo que sabotou o São Paulo. E deu a vitória ao Atlético

Lucas entrou com enorme vontade de mostrar seu talento, ajudar o São Paulo, no seu retorno depois de 11 anos. Mas deu tudo errado. Hulk havia marcado um gol incrível, e a estrela da festa cometeu um pênalti infantil

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Hulk roubou a festa de Lucas. Aos 37 anos, ele calou o Morumbi. Atlético volta a vencer depois de dez jogos
Hulk roubou a festa de Lucas. Aos 37 anos, ele calou o Morumbi. Atlético volta a vencer depois de dez jogos

São Paulo, Brasil

A festa era para a volta de Lucas Moura.

O retorno depois de 11 anos.

Morumbi lotado, mais de 53 mil torcedores.


O rival era o Atlético Mineiro de Luiz Felipe Scolari, que acumulava dez partidas sem vencer.

O São Paulo perdia por 1 a 0, graças a um chute mágico de Hulk, distante 38 metros, aos três minutos do primeiro tempo.


Dorival havia aberto o time no intervalo. Tirou o volante Talles Costa.

E colocou a estrela que todos queriam.


Lucas em campo.

E o jogador mostrava sua forma física, técnica, arranque, que ainda são muito úteis no futebol brasileiro, no sul-americano.

Conseguia abrir espaço pelo lado esquerdo atleticano, desorientava a zaga muito bem montada por Felipão.

Aos 17 minutos, cobrou falta perto do travessão.

Dois minutos depois, Caio Paulista deu ótimo cruzamento para Calleri. O giro foi cinematográfico. Mas Matheus Mendes fez uma defesa sensacional, a bola estourou na trave.

A torcida do São Paulo estava ensandecida, antecipando o empate, quem sabe a virada...

Mas Lucas, participativo, com muita vontade de mostrar sua utilidade. 

E tratou de ajudar Rafinha, correu para dividir e tirar a bola de Patrick. 

Mas deu o bote um décimo de segundo atrasado.

Pênalti.

O Morumbi inteiro se calou.

Tensão, depois do pênalti infantil. Lucas correu, lutou, mas não conseguiu compensar o erro fatal
Tensão, depois do pênalti infantil. Lucas correu, lutou, mas não conseguiu compensar o erro fatal

A torcida parecia enganada, tinha ido para um filme com final feliz e acabou entrando em um de terror.

Pênalti justo de Lucas Moura.

Paván não teve piedade.

Bateu com convicção, enganando Rafael.

2 a 0, Atlético Mineiro. 

O ânimo dos torcedores arrefeceu.

Enquanto os jogadores do São Paulo perdiam consciência, mostravam garra e afobação.

Principalmente Lucas, que fez de tudo para se recuperar.

Mas não conseguiu.

Deixou claro, porém, que o nível técnico do ataque do São Paulo melhorou.

O time de Felipão voltou suas duas linhas segurando com determinação impressionante o resultado.

Desempenho para dar confiança na missão quase impossível de vencer o Palmeiras no Allianz Parque para chegar às quartas da Libertadores.

Saltou para a confortável décima colocação.

Lucas pelo menos conseguiu mostrar que está muito bem fisicamente. Precisa de ritmo de jogo
Lucas pelo menos conseguiu mostrar que está muito bem fisicamente. Precisa de ritmo de jogo RUBENS CHIRI/Perspectiva

Enquanto isso, o São Paulo tomou uma enorme ducha de água fria.

Parou na oitava colocação.

Está há cinco partidas sem vencer.

Lucas Moura se mostrou envergonhado após a partida.

Sabia o que havia feito de errado.

"Primeiramente, a recepção da torcida, eu não tenho palavras para agradecer tudo que estou sentindo e vivendo neste momento. Voltar ao clube em que fui formado e amo e ter esta recepção foi maravilhoso. [...] Infelizmente não conseguimos corresponder em campo, a expectativa era grande para o jogo. Lutamos bastante, mas infelizmente não deu. Agora é descansar, temos uma decisão no meio da semana.

"Chego para ajudar e dar meu melhor para conseguir os objetivos. [...] Sensação maravilhosa de vestir esta camisa novamente depois de 11 anos e, como falei, ter a recepção no Morumbi, onde fui muito feliz. Estou realizando um sonho de voltar para casa e espero poder corresponder em campo. Temos quatro meses para poder terminar o ano bem e conquistar algum título. Farei de tudo para que isto aconteça.

"O pênalti foi uma infelicidade. O Patrick foi muito inteligente, atrasou a passada. Imaginei queia pegar a bola, mas ele deu um bico. Dei um tranco nele. Infelicidade. Infelizmente acontece. Fiquei chateado por esse lance. Eu acho que a gente vinha bem na partida, pressionando. Mas faz parte do jogo e do futebol."

A verdade é que o São Paulo ganhou um jogador muito útil.

Mas, nas últimas cinco partidas, Dorival Junior tem imposto um ritmo muito acelerado para o elenco que possui.

O São Paulo tem jogado aberto, buscado a vitória.

Mas tem deixado sua defesa exposta.

O que foi ótimo para o time de Felipão, que montou uma previsível fortíssima marcação no meio-campo e buscou contragolpes em velocidade.

Hulk teve uma participação assustadora, se desdobrando como um garoto. E liderando o time atleticano. Seus 37 anos não correspondiam ao que entregava em campo, com vibração, correria.

Seu talento ao cobrar a falta aos 3 minutos veio à tona. A bola foi forte e a bola entrou justa, no alto. Rafael ainda tentou trocar a mão para defender, não teve velocidade suficiente.

Atlético Mineiro 1 a 0.

O gol trouxe dois efeitos colaterais.

Acalmou o Atlético e trouxe uma dose de adrenalina, de tensão, de afobação enorme ao São Paulo.

Todos queriam uma festa para a volta de Lucas Moura.

O resultado acabou sendo desastroso.

O time paulista pressionava, mas, aos poucos, foi perdendo a noção estratégica. Abrindo espaço para os contragolpes.

O primeiro gol, desequilibrou, trouxe afobação ao São Paulo. Chute perfeito de Hulk
O primeiro gol, desequilibrou, trouxe afobação ao São Paulo. Chute perfeito de Hulk

No segundo tempo, entrou para amassar o Atlético.

Estava conseguindo.

A entrada de Lucas Moura tinha sido ótima.

Até o pênalti infantil, bobo.

De quem não está com tempo de bola.

Acostumado à reserva no Tottenham.

Paván decidiu o jogo.

A festa virou um filme de terror.

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