Livre de Diniz, São Paulo ganha confiança. Até título é possível
Vizolli diz: "não estamos mortos", após vencer Grêmio. Matemática permite sonhar. Mas objetivo real é fase de grupo da Libertadores
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
O São Paulo de Vizolli derrota o Palmeiras, nesta sexta-feira, no Morumbi.
Domingo, no Maracanã, Flamengo e Internacional empatam.
Na segunda-feira, o São Paulo vence o rebaixado Botafogo, no Engenhão.
E, na última rodada do Brasileiro, os clubes teriam essa colocação
Internacional 70 pontos.
Flamengo, 69 pontos.
São Paulo, 68 pontos.
Os jogos: Internacional e Corinthians, no Beira-Rio.
No Morumbi, São Paulo e Flamengo.
Derrota do time de Abel Braga.
Bastaria a vitória do time de Vizolli.
E o mais improvável título na história do Brasileiro, se consolidaria.
As chances desse roteiro são remotíssimas, mas possíveis.
Esse, no entanto, não é o grande foco no Morumbi.
A cobrança dos sete grupos políticos que apoiaram e deram a cadeira de presidente a Julio Casares segue forte.
Por que tanta demora para demitir Fernando Diniz?
Leia também
Vizolli conseguiu cobrar atitude dos jogadores.
Sem palavrões, humilhações públicas.
Taticamente, o futebol foi mais simples, com menos toques para os lados. A ordem do interino na saída de bola é não seguir sendo uma triste caricatura do Barcelona de Guardiola. E os chutões foram liberados, quando o adversário marcar sob pressão.
Para não se repetir o vexame de Volpi, contra o Ceará, ainda influenciado por Diniz.
Mas o que impressionou os conselheiros e a própria diretoria foi a coragem do time. A garra nas divididas, a vontade de vencer.
A personalidade que fez o time quebrar o jejum de oito partidas sem vitórias.
Vencer o primeiro jogo em 2021 deu ânimo ao auxiliar, ex-volante combativo.
"Não estamos mortos. Nós estamos na UTI, sendo tratados pelo tubo, com dificuldade, mas estamos respirando. Enquanto há respiro, a gente tem esperança, sem dúvida. Até desligarem os aparelhos, nós estamos respirando", disse, aos jornalistas, repetindo o que já havia falado para seus jogadores.
Os atletas estão mais leves sem Diniz.
A vibrante atuação de Tchê Tchê, a paz de espírito de Luciano, a segurança de Volpi. O fim da obrigação da bola passar pelos pés de Daniel Alves antes de o time atacar.
Os vícios que o time tinha com Fernando Diniz estão sendo banidos.
Vitor Bueno mostrou mais uma vez que não merece espaço neste novo time.
A equipe está ficando muito mais objetiva e guerreira, como quer Hernán Crespo, técnico argentino, que assume após o Brasileiro.
Vivido, Vizolli seguirá o discurso de ressurreição, de conquista do Brasileiro.
Esperto, brincando com a esperança, ele quer seguir firme no principal pedido de Casares.
Classificar o time para a fase de grupos da Libertadores.
Ou seja, terminar o Brasileiro entre os quatro primeiros.
Situação improvável nas mãos decadentes de Diniz.
O São Paulo ganhou o direito de sonhar com o título.
Mas está se preparando para outra luta.
Muito mais real.
A da Libertadores de 2021.
A distância que realmente Diniz observa é a do Fluminense.
Os cinco pontos do quinto colocado.
E para isso, a importância é focar algo muito maior.
Quase irreal.
A conquista do Brasileiro de 2020...
Curta a página do R7 Esportes no Facebook.
Briga pela artilharia: Galhardo, Claudinho e Marinho dividem ponta
" gallery_id="6005e2ec1df97b46bd0008f4" url_iframe_gallery="esportes.r7.com/prisma/cosme-rimoli/livre-de-diniz-sao-paulo-ganha-confianca-ate-titulo-e-possivel-29062022"]
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.