‘Jogamos como os argentinos, que batiam, e a gente batia de volta’, comemora Calleri em vitória do São Paulo, que ainda ameaça Zubeldía
Com só quatro finalizações, time brasileiro acabou sufocado com 15 arremates dos argentinos. Mas o chute perfeito de Alisson deu a vitória importantíssima por 1 a 0 e a garantia da sequência para o treinador. Risco de demissão, porém, continua
“Gostei muito da entrega, de jogar do jeito que jogam os argentinos. Eles batiam em nós, nós batíamos nele de volta. Na raça, hoje conseguimos a vitória.”
A comemoração de Calleri destaca o grande trunfo do São Paulo.
O time lutou muito e conseguiu vencer o Talleres, na Argentina: 1 a 0, gol de Alisson.
Mas o São Paulo jogou recuado, foi pressionado.
O Talleres arrematou 15 vezes.
O São Paulo, só quatro.
A estreia na Libertadores foi excelente na conquista dos três pontos.
O futebol foi muito fraco.
De marcação, submissão ao adversário.
O time jogou por uma bola de contragolpe bem feito.
A preocupação era evidente, se defender.
Três zagueiros.
Cinco nas intermediárias.
E dois atacando.
Por coincidência, ou não, o mesmo esquema que Muricy Ramalho gosta.
E que queria ver o São Paulo atual jogando.
Não há certeza se a preferência do coordenador de futebol chegou até os ouvidos de Zubeldía
Mas deu certo.
“O desempenho foi correto dentro das dificuldades de jogar na Argentina contra o Talleres, que tem um projeto e modelo de jogo claro. Não é fácil jogar aqui, muito menos ganhar. Temos que seguir nesta zona de classificação, que vai ser dura, pois as quatro equipes são boas. Estamos nos preparando para fazer uma boa Copa. Por um momento, controlamos o jogo, tivemos dificuldades nos minutos finais em que eles empurraram para tentar o resultado. Partida correta e simplesmente um triunfo”, comemorava Zubeldía.
O treinador sabia que seu emprego corria risco.
E ainda corre.
Mas a vitória na Argentina deu sobrevida ao treinador.
O presidente Julio Casares busca patrocínio até 2030.
Tem o foco em buscar recursos para o clube que já deve mais de R$ 800 milhões.
Mesmo assim viu o São Paulo ser sufocado, pressionado pelo clube argentino.
“O jogo foi dentro do contexto que tinha de ser. Duro e continuará sendo duro”, resumiu Zubeldía.
Ele teve de ser prático.
Precisava não dar espetáculo.
Mas vencer o jogo.
Somar três pontos, como desejava a diretoria.
E o São Paulo trouxe a vitória da Argentina.
Oscar confessou que jogou ‘no sacrifício’.
“Foi importante o jogo hoje, fizemos um belo jogo. É importante começar assim, ganhando fora contra um time que é muito difícil, que joga em casa, tem a torcida e joga bem. Eu senti um pouquinho ali, acho que é normal, não estava 100% recuperado, mas vim para ajudar a equipe porque sabia que o jogo de hoje era importante. Agora vamos ver essa semana como vou estar”, afirmou o meia.
Zubeldía tem um grande mérito.
Fez os jogadores atuarem para vencer.
Por ele.
Todos sabiam da extrema ameaça de demissão.
E quiseram proteger o treinador, que é muito querido por eles.
A reação de Alisson, depois de marcar o gol foi evidente.
Correu em direção a Zubeldía e o abraçou.
Demonstrando o apoio dos jogadores ao treinador.
A diretoria segue pensando qual atitude tomar.
Se demite o técnico e vai atrás de Dorival Júnior, nome de preferência dos conselheiros.
Ou segue com o argentino.
A sua situação segue muito insegura para o técnico.
Zubeldía sabe que o sufoco contra o Talleres, no estádio Mario Kempes, passou.
Mas o seu está longe de terminar.
Próximo capítulo, no Mineirão.
Contra o Atlético...