Jesus demitido. Atlético oferece dinheiro. Flamengo, o coração. O português está entre os dois
A demissão de Jorge Jesus do Benfica mexeu com a direção do Atlético Mineiro e a do Flamengo, que já tinha tudo certo com Paulo Sousa. Há um duelo financeiro e emocional pelo português
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
O treinador mais desejado do Brasil está desempregado.
Jorge Jesus fez um péssimo trabalho no Benfica e foi demitido de maneira deprimente.
O treinador, que já vinha sendo questionado pelos próprios jogadores, decidiu afastar o meio-campista Pizzi, um dos líderes do elenco. Jesus queria que ele treinasse em separado.
Só que ele não esperava a revolta do restante do elenco, que ameaçou não treinar se Pizzi não fosse reincorporado.
Jesus voltou atrás. Mas a direção do Benfica percebeu que o técnico não tinha mais o comando do elenco. E o demitiu hoje, sem o menor constrangimento.
A saída acontece dois dias depois de o Flamengo, que estava desesperado por Jesus, se comprometer com o também português Paulo Sousa, treinador da Polônia. Ofereceu contrato de dois anos, que foi aceito por Sousa. Ele inclusive comprou uma briga com a federação polonesa, já que, em março, a Polônia joga contra a Rússia, lutando na repescagem pela Copa do Mundo do Catar.
Só que os líderes do Flamengo sugeriram à direção que esquecesse Sousa, um desconhecido na Gávea, e investisse na volta de Jorge Jesus.
Até porque o Atlético Mineiro, com a saída de Cuca, fez de Jesus sua prioridade.
A situação é muita tensa.
Tanto na Gávea como na Cidade do Galo.
"Este projeto do qual eu saio chegou ao fim. Vim para o Benfica sempre pensando que sou uma solução e não um problema. Para os interesses do Benfica e o melhor para todos, achei por bem que esta decisão fosse a melhor para ambas as partes", disse Jesus, tentando manter a dignidade. Dizer que pediu demissão, quando toda a imprensa portuguesa sabe e divulga que foi demitido.
Jesus ganhava 3 milhões de euros por temporada no Benfica. São R$ 19 milhões. O que dá cerca de um milhão, quinhentos e oitenta mil reais por mês.
A direção do Atlético Mineiro quer trazer o técnico de qualquer maneira. Fechar antes que o Flamengo volte atrás e vire as costas para Paulo Sousa, o que, até agora, às 16 horas desta terça-feira, 28 de dezembro de 2021, a diretoria de Rodolfo Landim jura não fazer.
Mas a pressão interna de conselheiros e de jogadores é enorme na Gávea. Pela volta de Jorge Jesus.
Uma "boa desculpa"' pode ser a intransigência da federação polonesa, que não quer liberar Sousa de jeito algum. Ameaçando procurar a Fifa para obrigar o treinador a cumprir seu contrato. Não aceitando a multa de 300 mil euros, cerca de R$ 1,9 milhão, que o técnico quer pagar para ir embora.
A demissão de Jorge Jesus tem força suficiente para mudar o quadro.
A direção atleticana promete estar preparada para um leilão pelo português.
A definição do futuro do técnico deverá acontecer nas próximas horas.
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