Itaquerão pode virar Magaluizão. Corinthians negocia naming rights
Depois de dez anos de promessas vazias, Andrés Sanchez finalmente conversa com uma empresa interessada em batizar o Itaquerão. Magazine Luiza
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Seria a salvação.
Ou melhor, a correção de um erro histórico.
Desde que Andrés Sanchez conseguiu, com o apoio vital de Lula, junto à Odebrecht, e Ricardo Teixeira, junto à Fifa, a construção do Itaquerão, seu prestígio despencou no Corinthians.
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Por duas questões muito simples.
A primeira, a forma de pagamento do estádio.
Andrés apostou que o PT se manteria no poder e o clube seguiria tendo o parcelamento do pagamento do estádio, com juros muito abaixo do mercado. Como se já não bastasse o incentivo que o governo federal havia dado aos estádios da Copa de 2014.
Então, ele não pensou duas vezes.
E aceitou que toda a arrecadação dos jogos do Corinthians fosse destinada ao pagamento do estádio. Só que o PT perdeu poder. Não houve mais o patrocínio da Caixa Econômica na camisa do clube, que rendia R$ 30 milhões limpos, por ano.
Os Certificados de Incentivos ao Desenvolvimento, CIDs, na prática, impostos de empresas devedoras à prefeitura de São Paulo, deveriam chegar a R$ 350 milhões e que seriam descontados do preço do estádio.
Mas a prefeitura liberou apenas R$ 45 milhões.
Andrés mergulhou o clube em uma grande armadilha financeira, para pagar o estádio.
Porque também não conseguiu cumprir a segunda questão.
Os famosos naming rights do estádio.
Desde 2010, quando teve a confirmação, que o estádio substituiria o Morumbi na abertura da Copa de 2014, Andrés Sanchez vem prometendo encontrar uma empresa para batizar a arena na Zona Leste.
E ainda caiu na bobagem de garantir que cobraria R$ 400 milhões por 20 anos.
Isso porque ele sabia que a arena que o Palmeiras construía iria ser batizada por R$ 300 milhões, por 20 anos. O negócio foi concluído em 2013, e o estádio se chama Allianz Parque.
O Corinthians tentou com a Emirates, Neo Química, Samsung, Nike, Ambev. Andrés viajou até o mundo árabe, depois foi para a China. Mas nada de naming rights.
Até que agora, na reta final do seu mandato, surge uma empresa que abre a possibilidade de negociação.
Depois de dez anos que o estádio é conhecido como Itaquerão.
O Magazine Luíza.
Nas conversas preliminares, o valor chegaria a R$ 350 milhões.
E por 30 anos.
Seria algo fabuloso, para travar os inúmeros problemas financeiros corintianos.
Mas conselheiros ligados a Andrés garantem que não há nada fechado.
E que há duas empresas interessadas, a Amazon e a Neo Química.
O dirigente está entusiasmado.
E ironiza nas redes sociais.
"Estamos bem perto. Jaja vem, mas nunca esteve na camisa do Timão", escreveu no twitter, como se estivesse brincando em uma quermesse, e não presidindo o clube com maior torcida em São Paulo.
A euforia de torcedores nas redes sociais é enorme.
A expectativa também.
Investidores estão duvidosos.
Não entendem o motivo que faria uma empresa gastar tanto dinheiro em um estádio que já tem 'nome'.
O clima é de euforia no Corinthians.
Depois de dez anos o Itaquerão pode ser batizado.
Difícil será chamá-lo do novo nome...
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