Imaturidade tirou Rogério Ceni da briga para comandar o Santos

São Paulo, Brasil

Imaturidade.

E o desastroso trabalho de Jair Ventura.

Esses foram os dois motivos que fizeram a direção do Santos não resolver comprar a briga, de verdade, com o Fortaleza para tentar ter Rogério Ceni em 2019.

O maior ídolo da história do futebol do São Paulo constava da lista dos treinadores que poderiam substituir Cuca. A prioridade sempre foi Abel Braga.

Ceni entrava como um plano B, caso Abel decidisse ir para o Flamengo.

Só que o treinador decidiu não esperar.

Ele cedeu diante da forte pressão da cúpula do Fortaleza pela renovação.

Campeão da Série B, o clube decidiu fazer absolutamente tudo o que Ceni queria.

A começar pelo elenco, busca de reforços com potencial para manter o time na Série A.

E também vencer o Cearense e a Copa do Nordeste.

Rogério Ceni tem a confiança plena do presidente Marcelo Paz.

O clube tem uma torcida fanática.

Foi o quinto de maior média, isso contabilizando as três Séries: A, B e C.

O clube arrecadou R$ 9.879.864 atuando em casa.

Excelente quantia para a realidade cearense.

Tanto que Paz prometeu dobrar a folha de pagamento do clube.

Ele deixará separado R$ 2,5 milhões só para salários dos atletas.

Essa quantia abre a possibilidade de compra de atletas importantes.

Ceni teve aumento de salário.

Assim como seu auxiliar, o francês Charles Hembert.

Ele terá a liberdade total para escolher os contratados e os dispensados.

A diretoria santista não aceitaria essa condição.

De jeito algum.

O presidente José Carlos Peres tem suas convicções.

E seus empresários de confiança.

Eles já estão trabalhando, buscando jogadores para 2019.

Sem Cuca, o mercado para os estrangeiros está aberto de novo.

Peres optou pela vivência, currículo e personalidade de Abel Braga.

Sabe que o duelo será duro com o Flamengo.

Mas o clube do litoral paulista já fez até proposta ao técnico.

Só que acredita que a resposta virá só após uma semana, quando acontecerá a eleição no Flamengo, dia 8 de dezembro.

O currículo curto de Rogério Ceni como técnico, que não chega sequer a dois anos, pesou contra ele na Vila Belmiro.

A comparação com Jair Ventura foi inevitável.

E Peres não quer mais apostas em jovens técnicos.

Daí está fazendo tudo para ter Abel.

Mas, pelo menos, há uma certeza.

O Santos não rejeita o maior ídolo do São Paulo.

Pelo contrário.

Conselheiros importantes gostaram muito da possibilidade de ter Ceni comandando o futebol do clube.

Mas a maioria deles acredita que ele é ainda imaturo.

Para o São Paulo, ele só volta quando o inseguro Leco não for mais o presidente.

Os dois nem se falam depois da demissão de 2017...