São Paulo, Brasil
Não se abre mão de 700 milhões de euros.
R$ 4,6 bilhões.
E nem do melhor jogador do mundo.
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A Catalunha está revoltada com o anúncio das saída de Messi.
O Barcelona é uma das armas para a sonhada independência da região da Espanha. Por isso carrega como lema 'mais do que um clube'.
Ter o mais talentoso entre todos os jogadores, há vinte anos, sempre foi motivo de orgulho.
E, a possibilidade de perdê-lo, ainda de graça, feriu o orgulho catalão.
Políticos, torcedores, ex-dirigente e membros da atual diretoria estão revoltados com Josep Maria Bartomeu i Floreta, o presidente que deixou a situação chegar tão longe.
"Bartomeu e sua diretoria devem renunciar imediatamente. Eles têm minado a moral de Messi para se salvar da turbulência econômica e esportiva que eles criaram. Se eles renunciassem, ainda haveria esperança de que Messi ficasse", detonou o ex-presidente Joan Laporta, que promoveu Messi a jogador profissional.
Bartomeu decidiu que irá à justiça. Não permitirá que o argentino exerça a cláusula que o libera de graça do Barcelona.
A situação é simples de ser exposta. Quando renovou seu contrato em 2017, Messi exigiu que houvesse um cláusula especial. Ao final de todas temporadas, até junho de 2022, ele ou o Barcelona, um dos dois, poderia pedir a rescisão de contrato, sem a necessidade de multa alguma.
Como Messi cansou de repetir que gostaria de se aposentar na Catalunha, Bartomeu aceitou.
Só que, como o blog já detalhou, as situações mudaram muito no Barcelona. E Messi resolveu sair.
E mandou carta registrada ao clube, como é usual na Espanha, avisando que iria usar a cláusula de saída, ao final da temporada.
Bartomeu já tem a posição do departamento jurídico do clube. E o Barcelona vai lutar nos tribunais, na Fifa, na justiça comum, onde for, para que Messi fique pelo menos até maio de 2021.
Porque, pelo acordo, na visão do clube, ele deveria ter avisado que sairia até 10 de junho, que costumeiramente marca o final da temporada europeia
Só que, para os advogados de Messi, com a pandemia, a temporada para o Barcelona acabou com a eliminação na Champions, com a goleada para o Bayern, agora em agosto.
Messi não voltará atrás.
Não estará na reapresentação do Barcelona, marcada para a próxima semana. E pretende só tratar da situação com seus advogados.
Na Espanha crescem os rumores que o Manchester City tem enorme chance de ser seu destino.
Já se tornou público que, no final da temporada de 2017/2018 e 2018/2019, o ex-secretário-técnico do Barcelona, Txiki Begiristáin, que trabalha no City, e muito seu amigo, o consultou se ele não desejava exercer a cláusula e ir jogar na Inglaterra.
Fazia a proposta a pedido de Pep Guardiola, treinador com quem Messi fez história, no Camp Nou.
Duas vezes Messi disse não. E agora, teria dito sim.
A notícia ainda não está confirmada.
Até porque a Inter de Milão, o PSG e o Manchester United também avaliam a possibilidade de contrar com o melhor do mundo.
O que Messi representa na história do Barcelona é algo fabuloso.
Foram 16 temporadas como profissional.
Em 731 jogos, marcou 634 gols, deu 257 assistências.
O clube venceu 70% de seus jogos, com ele em campo.
Conquistou 33 títulos.
Quatro Champions, três Mundiais, três Supercopas europeias, dez campeonatos espanhóis, seis Copas do Rei da Espanha e sete Supercopas Espanholas.
Venceu seis vezes a Bola de Ouro, como melhor do mundo.
Seu nome está profundamente ligado ao Barcelona.
Foram 20 anos de convivência.
Mas o jogador não quer mais.
O Barcelona tenta prendê-lo à força.
Se não conseguir, que ao menos, muito dinheiro.
Sim, há a possibilidade de um acordo financeiro.
Mas City, United, PSG e Inter, o destino que o argentino escolher, garantem.
Vão lutar para ter o melhor do mundo.
De graça.
A situação é terrível para o presidente Bartomeu...
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