Grêmio não escapou da dependência de Felipão. Medo do rebaixamento
A direção do Grêmio ameaçou apostar em Thiago Gomes, do sub-21. Mas, na lanterna do Brasileiro, o medo da Série B prevaleceu
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
A direção do Grêmio bem que tentou.
Quis acreditar que poderia dar um passo em direção a sair da dependência, do revezamento absurdo entre Felipão e Renato Gaúcho.
Mas só durou 24 horas a decisão de apostar em Thiago Gomes, treinador do sub-21, como treinador interino. Com chance de ser efetivado, como era desejo dos jogadores.
O presidente Romildo Bolzan repensou, analisou ser muita responsabilidade colocar Gomes, de apenas 37 anos, no comando do elenco, que está na lanterna, na última colocação do Brasileiro. E que estava jogando pessimamente nas mãos de Tiago Nunes.
Resultado, Bolzan decidiu procurar seu amigo e procurador de Felipão, Jorge Machado. E ofereceu a ele um contrato até dezembro de 2022. Não quis saber da opinião dos jogadores. O dirigente gremista que ficou certo rancor dos veteranos que trabalharam com Felipão, em 2015. O treinador saiu falando que o time precisava de reforços, repassou a culpa dos fracassos aos atletas.
Bolzan tinha o que mais interessava. Se na segunda-feira não havia convencido os integrantes do Conselho de Administração, ontem, ele foi mais veemente. E alertou da necessidade de ter um treinador com o comando absoluto dos vestiários e com experiência para administrar crises. No ano passado, ele salvou o Cruzeiro da queda para a Série C. O clube mineiro estava na penúltima colocação.
Luiz Felipe Scolari fará 73 anos em novembro. Ele foi sondado para assumir a Seleção Paraguaia. Mas queria voltar a trabalhar no Brasil. De preferência no Grêmio, onde já trabalhou por três vezes.

Foi o clube que ofereceu guarida, quando deixou a Seleção Brasileira, depois de vexame inesquecível na Copa do Mundo de 2014, o 7 a 1 para a Alemanha.
Felipão estava com viagem marcada para Portugal, onde mora seu filho. Iria ontem. Mas Jorge Machado disse para não ir que tudo estava fechado com o Grêmio, como ele queria.
Scolari já tem a vida mais do que resolvida financeiramente.
Ele buscava a chance de um último grande trabalho.
E no clube que assume ser do 'coração'.
O Grêmio assume a dependência, que até pensou em se livrar.
Nesse momento turbulento, a direção só ofereceria o clube a dois técnicos do planeta.
Como ficaria constrangedor trazer de volta Renato Gaúcho, a quem facilitou a saída há três meses, foi buscar para a 'casamata', como dizem os gaúchos, se referindo ao banco de reservas, Luiz Felipe Scolari.
Pouco importa se suas convicções táticas sejam da primeira década do século.
O que interessa é o lado psicológico, a vibração com que monta seus times.
E, principalmente, convencer os jogadores que formam uma 'família'.
Situação batida, conhecida, desgastada.
Mas que o Grêmio acredita.

Tiago Nunes fez os dirigentes virarem as costas à modernidade.
E será a chance de Scolari passar Renato Gaúcho, como técnico que mais treinou o Grêmio.
O maior ídolo do clube comandou o time tricolor por 411 vezes.
Luiz Felipe, 370.
E Felipão não é um técnico barato.
Mas sairá mais em conta do que o rebaixamento à Série B.
Ele deverá assumir o time no Grenal, no sábado...
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