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Cosme Rímoli - Blogs

Brasileiros, líderes, invictos e arrasadores. Dando sentido para o Mundial de Clubes. Goleada do Fluminense sacramenta essa força

Palmeiras, Flamengo, Fluminense e Botafogo têm impressionado até os europeus. Gigantes não mostraram força para derrotá-los

Cosme Rímoli|Cosme RímoliOpens in new window

A vitória do Botafogo sobre o PSG foi simbólica. E representativa Vitor Silva/Botafogo

O Fluminense deu uma virada impressionante contra o Ulsan.

4 a 2, diante do time sul-coreano.

Vitória e liderança no grupo F.

Assim como o Palmeiras é o primeiro no A.


O Botafogo, no B.

E o Flamengo está em primeiro no D.


Não há país com o mesmo desempenho que o Brasil no Mundial de Clubes.

“Brasil lidera rebelião contra a Europa e dá sentido ao Mundial de Clubes. Vitórias do Botafogo contra o PSG e do Flamengo contra o Chelsea quebram a narrativa de favoritismo europeu para um torneio que mudou o férreo mapa do futebol.”


O resumo, espetacular, foi do jornal português Sport.

O discurso de Renato Gaúcho foi certeiro.

“A gente tem que valorizar o que o Abel vem fazendo no Palmeiras, o Filipe Luís no Flamengo e o meu xará Renato (Paiva) no Botafogo.

“Se brasileiro vem para o Mundial e perde, falam: ‘Ah, o futebol brasileiro não pode medir forças com o europeu’. Se ganha, falam: ‘Ah, o futebol europeu está voltando das férias’.

“Porque no final do ano, quando tem o Mundial, quando o futebol europeu pega os clubes brasileiros tendo feito entre 70 e 80 jogos no ano, ninguém dá essa desculpa. Ninguém fala: ‘Ah, o time brasileiro está cansado’.

“Quando o time europeu atropela, aí falam: ‘Ah, realmente não dá para medir forças com eles’. Aí quando o futebol brasileiro começa a ganhar e se destacar, começam: ‘O futebol europeu estava de férias.”

Os brasileiros estiveram frente a frente com os bilionários elencos dos clubes europeus.

Palmeiras encurralou o Porto, merecia ter vencido, 0 a 0.

O Fluminense também foi melhor que o Borussia Dortmund, outro 0 a 0

O Botafogo tombou o PSG, vencedor da Champions, por 1 a 0.

E o Flamengo fez o Chelsea passar vergonha, 3 a 1.

Saldo estatístico contra os europeus: duas vitórias, dois empates.

Quatro gols marcados e um sofrido.

Flamengo não tomou conhecimento do elenco bilionário do Chelsea. 3 a 1. E foi pouco Gilvan de Souza/Flamengo

O mais marcante é que, os treinadores das equipes nacionais, apesar de admitirem que os rivais europeus têm elencos muito mais fortes, todos mostraram coragem para atacar os europeus.

Foram para os Estados Unidos sem receio.

O quarteto tem mostrado força nos confrontos com os times do Velho Continente e personalidade nas partidas de vitórias obrigatórias, como contra o Al-Ahly, Seattle Sounders, Espérance e Ulsan.

Aliás, ontem, diante dos sul-coreanos, o Fluminense passou por uma enorme lição. Apesar da vitória arrasadora no final do jogo, por 4 a 2.

O time de Renato Gaúcho sabia da necessidade absoluta da vitória. E começou forçando a pressão, atacando em bloco. Criou inúmeras chances, até o lindíssimo gol de Arias cobrando falta, aos 26 minutos de jogo.

Mas depois da parada técnica, para hidratação, a equipe carioca voltou sem atenção, dispersa. Muito diferente do início da partida.

Resultado: empate dos sul-coreanos, depois de jogada excelente de Won-Sang, o cruzamento para o gol de Lee Jin-Hyun, aos 36 minutos.

O gol desestruturou o Fluminense que, acabou tomando a virada. Jin-Hyun desta vez descobriu o melhor Ulsan, Wong-Sang, livre. O peixinho foi plástico, lindo para fotografias.

Ulsan 2 a 1, aos 47 minutos.

No intervalo, Renato Gaúcho tratou de dar uma sonora bronca nos seus jogadores.

E adiantou a marcação, para sufocar mesmo o Ulsan.

Mais: as entradas de Nonato e Keno foram preciosas.

O Fluminense, com personalidade, marcou três gols.

Nonato empatou, aos 20.

Freytes, zagueiro atuou como centroavante, e virou a partida, aos 37 minutos.

E, aos 46 minutos, Keno marcou 4 a 2.

O Fluminense deu impressionantes 23 arremates a gol, queria golear o Ulsan.

Quando 'acordou', o Fluminense goleou o Ulsan. Antes, tinha ido melhor que o Borussia

Sabia que deveria e, mais do que isso, poderia.

“Nós estávamos bem na partida, fizemos o gol, o que era importante e, no momento que tomamos o gol, teve a parada técnica, nosso time relaxou e acabamos tomando a virada. No intervalo, corrigi algumas coisas, cobrei outras, porque a coisa que mais converso com meu grupo é para eles ficarem focados nos 90 minutos. No momento que você não fica focado no trabalho, as coisas acontecem.

“Não ficamos focados como deveríamos e tomamos a virada. Um jogo que, teoricamente poderíamos ter saído com a vitória no intervalo, a gente complicou.

“A gente acertou no intervalo, voltamos com outra atitude, fizemos modificações, a equipe voltou a crescer, a ficar focada e conseguimos o resultado que viemos buscar.”

Renato Gaúcho foi direto.

Resultado que o Fluminense foi buscar.

Como os brasileiros que viajaram para os Estados Unidos não foram para se submeter aos favoritos europeus.

Por pura sorte, o Porto não foi derrotado pelo Palmeiras. Clube português, bicampeão do mundo, sofreu Cesar Greco/Palmeiras

Muito pelo contrário.

E os quatro não estão na liderança dos seus grupos por acaso.

Pelo contrário.

Lutaram e estão, com toda a justiça, na primeira colocação, nas duas primeiras rodadas, por méritos.

E, estão indo bem além do que torcer para terminar em primeiro e ter adversários mais fracos nas oitavas.

Foram desejando o título mundial, a consagração.

Estes combates estão trazendo efeitos colaterais.

Os clubes brasileiros mostrando sua força para o mundo.

Mostrando caminho para a Seleção Brasileira.

Ao contrário do que aconteceu por décadas e décadas...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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