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Galiotte, Seraphim e Leila. Eles blindam o frustrante Luxa

O treinador respira tranquilo, apesar do frustrante futebol do elenco milionário. Tem o apoio de quem manda. Mas será cobrado na Libertadores

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Mesmo criticado, Luxemburgo segue seu trabalho no Palmeiras. Por enquanto, está seguro
Mesmo criticado, Luxemburgo segue seu trabalho no Palmeiras. Por enquanto, está seguro

São Paulo, Brasil

Campeão paulista.

Líder do grupo na Libertadores.

Duas derrotas em 2020.


Invicto há 18 partidas.

Mesmo assim, Vanderlei Luxemburgo segue muito questionado no Palmeiras.


Das 18 partidas sem derrota, dez foram empates.

Mas uma visão mais detalhada assusta.


Contra equipes da Série A, foram 18 jogos em 2020, juntando Brasileiro e Paulista. Quatro vitórias, 12 empates e duas derrotas. 23 pontos em 54 pontos possíveis.

O time segue mostrando incompetência para atacar, falta de criatividade, movimentação coordenada, triangulações pelos lados do campo, pressão alta na saída de bola do adversário.

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Ambição pela vitória.

Virou um time refém de jogadas de velocidade no contragolpe, improvisações e bolas aéreas.

Como ficou claro contra o Flamengo, com dois titulares, ontem.

A pressão de conselheiros e torcedores nas redes sociais é enorme para a troca do veterano treinador de 68 anos.

Mas quem o segura?

Há três defensores fundamentais de Luxemburgo.

O primeiro, e mais importante, é Mauricio Galiotte.

O treinador tem feito exatamente tudo o que o presidente pede.

Colocou jovens jogadores na equipe, não reclamou e nem pediu por Deyverson, está dando todas as chances possíveis para Lucas Lima, para Rony.

E conseguiu unir o grupo, sem a teimosia de Felipão.

Os jogadores gostam muito dele.

Luxemburgo tem sido 'ótimo funcionário'. Maior mérito: evitar o tetra do Corinthians
Luxemburgo tem sido 'ótimo funcionário'. Maior mérito: evitar o tetra do Corinthians

O único escorregão foi a bronca pública que deu no uruguaio Matias Viña.

Depois, se acertaram, diante do grupo.

Luxemburgo não está fechado nas suas convicções.

Pelo contrário, tem se mostrado um funcionário exemplar.

Quando Galiotte pediu que não criasse polêmicas, ficasse centrado no clube, lembrasse que representava o Palmeiras 24 horas, Vanderlei aceitou.

Não é visto mais jogando pôquer, não fala de sua fábrica de pinga em Alagoas, nem dos sonhos de virar político e presidente do Flamengo.

Seu comportamento é exemplar.

E conseguiu realizer o grande desejo de Galiotte: evitar o tetracampeonato paulista do Corinthians, em pleno Allianz Parque.

Ou seja, tem crédito.

Mesmo com o time jogando mal.

Ele recebe R$ 600 mil mensais.

Custa a metade do que Jorge Sampaoli pediu.

A cobrança forte sobre Luxemburgo chegará. No mata-mata da Libertadores
A cobrança forte sobre Luxemburgo chegará. No mata-mata da Libertadores

Galiotte quer firmeza na Libertadores.

E não há motivo prático para reclamação.

Outro defensor ferrenho de Luxemburgo é estratégico.

Seraphim del Grande, presidente do Conselho Deliberativo.

Ele foi firme para tirar Mano Menezes do cargo de treinador.

Assim como despachar Alexandre Mattos como executivo do futebol.

E também defendeu o retorno de Luxemburgo.

Seraphim estava no auge da Parmalat, no ínicio da década de 90, e desfrutou os títulos e o grande desempenho do treinador, na época.

Ficaram muito próximos.

E o presidente do conselho palmeirense é fã do método de trabalho de Luxemburgo.

Insiste com conselheiros que, se o Palmeiras demitisse Luxemburgo, seria um caos para o time, entrando na reta decisiva da Libertadores, começando a caminhada na Copa do Brasil, e com a boa campanha no Brasileiro.

Além disso, não vê bons treinadores à disposição.

Mais discreta, porém firme na defesa de Vanderlei, está Leila Pereira. 

A dona da Crefisa é conselheira e candidata à sucessão de Galiotte.

Virou um nome muito influente e presente na diretoria.

Ela tem o mesmo assessor de imprensa de Vanderlei, o que aproxima naturalmente os dois.

E Leila entende o trabalho do técnico.

Vanderlei foi muito solícito com Galiotte.

Luxemburgo parece ter perdido a capacidade de montar equipes ofensivas, vibrantes
Luxemburgo parece ter perdido a capacidade de montar equipes ofensivas, vibrantes

Ele ouviu do presidente palmeirense que a filosofia do clube mudou com a saída de Alexandre Mattos.

E que o clube faria pouquíssimas contratações em 2020.

Foi verdade.

Tanto que só Matias Viña e Rony se juntaram ao time.

A ordem era apostar na base.

Vanderlei deixou claro a Galiotte que o elenco não é uniforme.

Principalmente na articulação.

Meias que não deslancham, não se firmam.

Lucas Lima, Gustavo Scarpa, Raphael Veiga.

Zé Raphael também é aquém do que gostaria.

Mas são jogadores caros.

Sem grandes propostas.

Vanderlei segue trabalhando por entender o momento do Palmeiras.

Por, mesmo sem brilho, estar cumprindo o que o clube espera.

Galiotte, Seraphim e Leila são as pessoas mais importantes do clube.

E, por enquanto, estão do seu lado.

Daí a confiança que seguirá no clube.

Mas será cobrado.

Principalmente na Libertadores.

Na fase de mata-mata.

E ele sabe disso.

Por enquanto, respira tranquilo...

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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