Fracasso de Sylvinho. Susto para os que o queriam sucessor de Tite
A queda após menos de cinco meses e só 11 partidas no Lyon foi um choque na CBF. Muitos insistiam com Caboclo que ele deveria suceder Tite após 2022
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Clima de constrangimento entre os dirigentes mais próximos de Rogério Caboclo.
O que criou esse mal estar não são os inúteis, mas lucrativos amistosos em Singapura. Ou o desrespeito confirmado aos clubes também em 2020, com o Brasileiro seguindo durante a Copa América, prejudicando os convocados.
A tensão responde pelo nome de Sylvinho.
Assessores do presidente da CBF cansaram de garantir a ele, antes e durante a Copa do Mundo da Rússia, que o Brasil deveria seguir o caminho da Alemanha.
E preparar o então assessor de Tite para substituir o treinador em 2022.
Insistiam que ele era melhor preparado que os técnicos brasileiros. Poliglota, inteligente, ex-jogador de clube europeu, ex-atleta da Seleção, assistente da Inter de Milão, três anos companheiro de Tite no comando do Brasil.
Os adeptos cresciam quando se surpreenderam ao saber que ele desistiria da Seleção. Foi seduzido por Juninho Pernambucano e decidiu assumir o comando do Lyon.
Depois do choque, os defensores do ex-lateral garantiram que ele faria sucesso como técnico na Europa.
Até que veio, no sábado, a desilusão.
Depois de apenas 11 partidas, a demissão sumária do Lyon.
Aproveitamento no fraco Campeonato Francês foi ridículo.
Quatro derrotas, quatro empates e só três vitórias.
Na Champions, empate com o Zenit, na França, e vitória diante do Red Bull Leipzig, na Alemanha.
Foi o pior início do Lyon no torneio nacional nos últimos 24 anos.
Com quatro derrotas, três empates e duas vitórias.
Time desorganizado, jogadores tensos, defesa vulnerável.
Nas entrevistas, negava a realidade.
Durou menos de cinco meses sua aventura comandando o Lyon.
O assessores que o defendiam como sucessor de Tite estão aliviados.
Entenderam que nem todo auxiliar é um grande técnico.
Como Sylvinho não pensou duas vezes depois do convite do clube francês.
Ele já havia sido anunciado como treinador da Seleção Pré-Olímpica.
E também deveria ajudar Tite naCopa América.
O técnico da Seleção ficou apenas com Cléber Xavier e seu filho Matheus como auxiliares.
Se o Brasil vencesse com ele a medalha de ouro em Tóquio, suas chances na Seleção principal cresceriam.
Mas ele preferiu o Lyon.
Caboclo não se esquece da atitude de Sylvinho.
E não tem o menor interesse no retorno do demitido técnico do Lyon à CBF.
Já o futuro de Sylvinho é uma incógnita.
O golpe foi muito forte no Lyon.
O mercado europeu se mostra fechado para ele.
A saída talvez possa ser o futebol brasileiro.
Aos 45 anos, amigos garantem que ele deseja seguir como técnico.
Mas não será o sucessor de Tite.
Segue com fãs no Corinthians...
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